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Educação política: um pilar para a democracia ativa

Da Redação

| Edição de 18 de abril de 2024 | Atualizado em 18 de abril de 2024

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Caro leitor e leitora, tive a oportunidade de entrevistar nesta semana o Colunista Curisco, que em sua coluna neste mesmo jornal, aborda o tema Política e todos os seus vieses. Logo após o papo descontraído, que você pode assistir no Youtube, fiquei pensando sobre o tema e como ele nos afeta. Iniciei o programa citando o texto de Brecht, “O Analfabeto Político”, para explicar como a ignorância sobre a política e seus representantes é a pior das mazelas em uma sociedade, pois é a partir dela que nascem todas as outras. 

Como professor de História e pai de três filhos, testemunho diariamente o poder transformador da educação. Em uma era onde a informação é abundante, mas frequentemente fragmentada, a educação política surge como um farol de orientação para jovens e adultos. Ela não é apenas uma ferramenta de conhecimento, mas um alicerce para a construção de uma sociedade mais consciente e participativa. Afinal, ter acesso ao “conhecimento”, principalmente pela internet, diz pouco ou quase nada sobre o amadurecimento das ideias. Na verdade, a internet nos tornou um pouco mais burros, pois não formulamos ideias, apenas as “copiamos” e reproduzimos, sem checar fontes e veracidade. Logo, todo mundo tem algo a dizer, sem ao menos saber do que se trata. 

A educação política vai além do entendimento dos sistemas governamentais e das estruturas de poder. Ela é, em essência, o estudo da cidadania ativa e do nosso papel dentro da comunidade. Ao educarmos nossos jovens sobre seus direitos e deveres, estamos incentivando o surgimento de líderes compassivos e responsáveis, capazes de entender e enfrentar os desafios sociais com empatia e inteligência emocional. Tenho defendido em minha proposta de atuação, já que agora é oficial que buscarei galgar uma vaga no legislativo, que devemos trazer ao lado a população, pois acima de projetos e ideias (mirabolantes e beligerantes na maioria dos casos), são as pessoas e suas vidas – em sua totalidade – que realmente importa. A dignidade deveria anteceder qualquer proposta, pois é ela que sustenta a ideia de que todos têm direito a um tratamento justo e respeitoso, independentemente de raça, religião, gênero, idade, nacionalidade ou qualquer outra característica. 

A dignidade assegura que as pessoas sejam tratadas com respeito e igualdade, estabelecendo critérios inegociáveis no trato com cada cidadão, tornando-o o centro dos interesses do Estado, acima de partidos, políticos e projetos de poder. 

A importância da educação política reside também na sua capacidade de fortalecer a democracia. Cidadãos informados são menos suscetíveis a manipulações e mais aptos a tomar decisões baseadas em análises críticas. Eles são o alicerce de uma democracia vibrante, onde o debate saudável e o respeito mútuo prevalecem sobre a polarização e o conflito. A dignidade deve existir até mesmo no debate de divergências, pois não são disputas entre pessoas, mas suas ideias, por isso, devemos ensinar aos nossos jovens (e adultos) que a política não é apenas importante, ela é a base de toda e qualquer luta. Tudo é política. 

Portanto, como educadores e pais, temos a responsabilidade de nutrir uma geração de pensadores críticos e cidadãos ativos. Ao fazê-lo, estamos contribuindo para uma sociedade mais justa e equitativa, onde cada voz tem o poder de fazer a diferença. A educação política não é apenas um direito; é um dever cívico que todos devemos abraçar. Que consigamos fazer do mundo um lugar melhor para todos, para os meus e seus filhos, e por quê não, para nós mesmos, afinal a luta é hoje.