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Acidentes de trânsito causaram mais de 300 mortes em três anos

Cindy Santos

| Edição de 09 de maio de 2024 | Atualizado em 09 de maio de 2024
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Mais de 300 pessoas morreram em decorrência de acidentes de trânsito na região nos últimos três anos. Relatório da 16ª Regional de Saúde (RS) de Apucarana traz óbitos ocorridos entre 2021 a abril de 2024 nos 17 municípios da área de abrangência. Os dados consideram a cidade de residência das vítimas e também mortes ocorridas em hospitais.

Em Apucarana, sede da regional, os acidentes tiraram a vida de 100 pessoas nos últimos anos. Somente em 2024 já foram registrados sete óbitos nestas circunstâncias. Entre as vítimas está um motociclista de 28 anos que se envolveu em acidente com uma caminhonete na PR-170, no contorno norte em março deste ano. 

Segundo Placar da Vida divulgado pelo 10º Batalhão de Polícia Militar, neste ano Apucarana registrou 174 acidentes, sendo 67 envolvendo motos, que deixaram 62 pessoas feridas e causaram 1 morte. Os dados da PM não incluem ocorrências em rodovias federais nem mortes que ocorrem no sistema de saúde, que são a maioria. 

De 2021 para cá, Arapongas registrou 92 mortes por acidentes, conforme os dados da 16ªRS. Neste ano, foram quatro óbitos confirmados até 18 de abril e entre as vítimas está um homem de 46 anos que morreu após acidente na PR-444. Ele dirigia uma Ford Ranger que bateu contra um ônibus no mês de abril. 

Para o chefe da 16ª RS de Saúde, Marcos Costa, a maior parte dos acidentes registrados na região está ligada à imprudência e ao desrespeito às leis de trânsito. “São muitos veículos circulando na nossa região. Nossa frota aumentou bastante nos últimos anos e isso exige maior cuidado por parte do condutor que não deve consumir álcool ao dirigir e deve respeitar as regras de trânsito”, comenta. 

De acordo com Costa, além de aumentar as estatísticas de acidentes e mortes, a falta de responsabilidade no trânsito traz também prejuízo aos cofres públicos. “Todo acidente é atendido ou pelo Samu ou pelo Corpo de Bombeiros, as vítimas passam por atendimento na UPA ou são internadas em hospitais. Muitos casos evoluem para gravidade o que exige internamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), medicamentos, cuidados de profissionais. E ainda tem pacientes que ficam fraturados, com deficiência, perdem membros do corpo, capacidade laboral. São várias consequências e isso onera bastante o sistema de saúde. Por isso é preciso que a população se conscientize”, afirma. 

E neste mês, conhecido pela campanha Maio Amarelo de conscientização no trânsito, a 16ª Regional de Saúde orienta os municípios de sua área de abrangência sobre a organização de mobilizações com foco na prevenção e redução dos índices de acidentes.