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Abandono escolar cai na região em 2018

RENAN VALLIM APUCARANA

| Edição de 13 de março de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O índice de abandono escolar na rede estadual de ensino na área do Núcleo Regional de Educação (NRE) caiu em 2018, no comparativo com o ano anterior. No ensino médio, a queda foi mais acentuada: o percentual geral da região, que compreende 16 municípios, caiu de 10,91% em 2017 para 7,75% no ano seguinte, redução de mais de três pontos percentuais. Já no ensino fundamental, os números reduziram de 2,17% para 1,29%.

Os dados, divulgados pelo próprio NRE, são preliminares. Os números oficiais serão divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP) quando o período de coleta do Censo Escolar for encerrado, previsto para maio.
De acordo com a chefe do NRE de Apucarana, Cristiane Cesária Pablos Rosseti, a redução significativa nos percentuais é reflexo de ações conjuntas realizadas pelo órgão e escolas, entre elas o Programa de Combate ao Abandono Escolar. “Esse programa implementa mecanismos de prevenção e combate ao abandono e evasão escolar, evitando faltas frequentes através do acompanhamento da frequência dos alunos em sala de aula”, afirma.
Todo estudante que falte, sem justificativas, em sete dias durante um período de dois meses ou em cinco dias consecutivos é incluído no programa pelo Sistema Educacional da Rede de Proteção (SERP). O SERP é uma ferramenta virtual que foi implantada em 2018 em todas as escolas do NRE.
A partir de então, o NRE busca, junto às escolas, identificar os motivos para o abandono, procurando trazer de volta o aluno faltoso. “Após a análise dos dados inseridos no SERP, é possível identificar que as principais causas de abandono escolar são o bullying, a suspeita de envolvimento com substâncias psicoativas, violência, casos de saúde mental e desinteresse”, diz a chefe do núcleo.
Se o aluno não retorna à escola, o NRE encaminha o caso para os órgãos de proteção dos direitos da criança e do adolescente, entre eles o Conselho Tutelar, que pode acionar ainda o Ministério Público e o Poder Judiciário.
Apesar da redução, os números são altos. De acordo com o Censo Escolar 2018, feito pelo INEP, os 16 municípios do NRE de Apucarana matricularam quase 12,8 mil alunos no ensino médio estadual. Portanto, o índice de 7,75% de abandono equivale a aproximadamente 990 alunos. Já o número de alunos matriculados nas séries finais do ensino fundamental ficou em 18,6 mil, significando que cerca de 240 alunos abandonaram as salas de aula.
REGIÃO
No ensino médio, Marumbi foi o município que mais reduziu sua taxa de abandono: tinha 26,24% em 2017 e apresentou 8% em 2018. Faxinal e Rio Bom apresentaram índice zero. No ensino fundamental, o destaque fica por conta de Mauá da Serra, que possuía um índice de 7,39% em 2017 e, em 2018, reduziu para 1,26%. Já os municípios de Novo Itacolomi e Rio Bom apresentaram índice zero de abandono em 2018.

Prova Paraná será aplicada hoje
A primeira Prova Paraná, iniciativa inédita da Secretaria de Estado da Educação, será aplicada hoje para mais de 600 mil alunos da rede pública de ensino. As questões serão respondidas por estudantes do 5º ano do Ensino Fundamental das redes estadual e municipal de ensino, dentro do acordo de cooperação com 397 municípios, do 6º e 9º anos do Ensino Fundamental e do 1º e 3º anos do Ensino Médio da rede estadual. Na região, cerca de 30 mil estudantes da área dos NREs de Apucarana e Ivaiporã farão a prova.  
Com os resultados, os Núcleos Regionais de Educação terão um diagnóstico preciso das dificuldades de aprendizagem dos alunos. Com foco nos resultados, as equipes poderão elaborar Planos de Ação voltados à melhoria da aprendizagem em apoio às escolas.
“Nosso grande objetivo é que a Prova Paraná ofereça subsídios para que os professores possam saber com mais precisão como seus alunos estão aprendendo e que as escolas utilizem os resultados obtidos para ajudar os educadores”, explicou o secretário da Educação, Renato Feder.
Ele destaca que a Prova Paraná é uma ferramenta para as escolas, para os educadores e para os alunos. “Meu maior desejo é que a gente consiga ajudar os profissionais da Educação a conhecer e entender melhor o aprendizado de seus alunos”, disse.