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Acidentes caem, mas óbitos crescem durante pandemia em Arapongas

DA REDAÇÃO

| Edição de 30 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A pandemia também afetou os indicadores de trânsito nos dois maiores municípios da região no primeiro semestre. Apucarana teve queda significativa no número de mortes (83%). Já em Arapongas, houve uma redução no número de acidentes (27,7%) e feridos (31%), contudo, os óbitos dobraram. Na opinião de especialistas, a redução nos índices teve influência direta do isolamento social e das ações de fiscalização dos órgãos de segurança. 

No acumulativo de janeiro a junho, Apucarana registrou 1 morte no trânsito contra 6 do mesmo período do ano passado, conforme dados do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM). Apesar de a quantidade de acidentes ter sofrido uma pequena oscilação com aumento de 346 para 353 (2%), no comparativo, os sinistros foram menos violentos com 193 pessoas feridas neste ano, 35% a menos que no ano passado quando foram registradas 299 vítimas. Situações envolvendo bicicletas caíram 45% e motos 24%. 
Para o major Vilson da Silva, do 10º BPM, o isolamento social e redução do horário de funcionamento do comércio colaboraram para queda dos índices, contudo, a redução também é reflexo dos investimentos da prefeitura em relação a infraestrutura em localidades estratégicas, como a criação de rotatórias e melhora na sinalização das vias. “Também intensificamos as fiscalizações há algum tempo. Acho que os índices positivos são reflexo de tudo isso”, afirma.
   
ARAPONGAS
Em Arapongas, houve menor número de acidentes e maior número de mortes no período.
Segundo dados da Secretaria Municipal de Segurança Pública e Trânsito (Sestran), no acumulado do primeiro semestre deste ano foram 394 acidentes contra 545 no mesmo período do ano passado. 
O município teve queda de 31% na quantidade de feridos, passando de 336 para 231, de 60% no número de acidentes envolvendo bicicletas e 21,9% nos acidentes com motos.
Entretanto, o único indicador de trânsito que registrou aumento é o que envolve óbitos. No primeiro semestre deste ano as mortes no trânsito dobraram em comparação a 2019, passando de três para seis óbitos, no comparativo. O secretário municipal de Segurança e Trânsito Paulo Sérgio Argati considera que as mortes aumentaram muito em decorrência da imprudência no trânsito. “Em alguns casos foram fatalidades mesmo que realmente não teria como evitar”, comenta. 
Argati destaca que, apesar do aumento no número de mortes, os outros índices são positivos e refletem os investimentos em sinalização viária para contribuir com a queda na quantidade de acidentes. “A pandemia também contribuiu bastante com a redução nos números de acidentes, por ter menos pessoas nas ruas, mas não deixamos de investir no trânsito e de fazer fiscalizações”, assinala.