CIDADES

min de leitura - #

Adapar vistoria propriedades da região para controle de morcegos

Da redação

| Edição de 06 de outubro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Desde o início da semana, equipes da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) realizam ações de controle e prevenção da raiva dos herbívoros. As atividades são executadas na regional da Seab de Ivaiporã, que abrange 22 municípios do Vale do Ivaí e da região central do Estado. 
O trabalho consiste em visitas aos abrigos, captura e controle populacional de morcegos hematófagos, que se alimentam exclusivamente de sangue. Esses animais são os principais transmissores da doença na zona rural. A equipe da Adapar realiza ainda orientações aos produtores rurais. 
A boa notícia, segundo Juliana Seixas Garcia Pelloso, médica veterinária da Adapar é que neste ano, ainda não foram registrado focos da doença na regional. Ela explica que o controle de morcegos hematófagos realizado pela equipe é preventivo. 
Anualmente o controle é realizado em 79 abrigos catalogados, dentre eles, ocos de árvores, porões, grutas, cisternas, cavernas e frestas de rochas, casas abandonadas, bueiros sob rodovias, pontes e locais com pouca ou nenhuma iluminação. “São feitas capturas noturnas e diurnas. De um a dois morcegos hematófagos capturados são enviados para diagnóstico laboratorial para ver se está contaminado ou não”, explica. 
O controle populacional dos morcegos hematófagos é feito através de uma pasta vampiricida aplicada no dorso do morcego capturado. Após isso, são novamente soltos retornando ao seu habitat. “Ao retornarem aos abrigos outros morcegos hematófagos terão contato com a pasta, que levará esses animais à morte por hemorragia. A cada morcego com a pasta, a estimativa é que sete venham a morrer”, relata. 
Juliana diz que a raiva herbívora é uma doença grave e fatal, causada por um vírus que ataca o sistema nervoso dos rebanhos. Entre os sintomas da doença, estão à paralisia dos membros, salivação abundante e dificuldade de ingestão do pasto, causando a morte dos animais de seis a oito dias após o início deste quadro. “A orientação para os produtores que tem esses abrigos em suas propriedades, é que vacinem seus animais contra a raiva”, completa. (IVAN MALDONADO)