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Alimentos têm alta de 8,59% na região de Ivaiporã, aponta Deral

Ivan Maldonado

| Edição de 11 de janeiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O custo de 25 alimentos mais consumidos no Vale do Ivaí registraram uma alta de 8,59%, mais que o dobro do índice oficial de inflação que fechou 2018 em 3,75% (ver matéria nesta página). Se no início de janeiro do ano passado o consumidor gastava R$ 193,84 para comprar os produtos pesquisados, nesta semana teve que desembolsar R$ 210,50 para adquirir os mesmos produtos em janeiro do ano passado. A pesquisa foi realizada  pela regional de Ivaiporã do Departamento e Economia Rural (Deral) de Ivaiporã, da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab).

Imagem ilustrativa da imagem Alimentos têm alta de 8,59% na região de Ivaiporã, aponta Deral

Segundo Randolfo Oliveira, engenheiro agrônomo do Deral, a cotação dos preços do varejo regional são realizadas durante o ano todo, nos mesmos estabelecimentos comerciais. Ele explica que marcas e os tipos de produtos também são levados em consideração. “Existe uma variedade enorme de marcas e tipos de alimentos. As pesquisas são feitas de forma sincronizada nos supermercados da região, procurando uma melhor avaliação da evolução dos preços”, destaca Oliveira. 
O índice só não foi maior por conta do preço das carnes, que se manteve estável, com pequena redução em vários produtos. O coxão mole, por exemplo, que em janeiro de 2018 era vendido em média por R$ 22,67, na sexta-feira estava sendo comercializado por R$ 21,49, na maioria dos mercados pesquisados. 
Os hortifrútis pesquisados tiveram aumento puxado pelo preço da maçã que subiu de R$ 4,33 para R$ 7,49. Também tiveram alta a cebola, que passou dede R$ 1,97 par R$ 3,39, e a batata lisa, com reajuste de R$ 2,05 para R$ 2,69.  Já o tomate caiu de R$ 5,45 para R$ 3,95 e o alho de R$ 2,07 para R$ 1,69. “O aumento dos preços dos hortifrutis, principalmente este mês é explicado pela falta de chuvas no final do ano passado”, comenta Oliveira.
No agregado, a soma da média de todos os itens pesquisados nos supermercados na categoria de grãos e derivados teve um aumento de 16,33%, principalmente por conta do feijão carioca que quase dobrou de preço, passando de R$ 3,12 para R$ 5,19. Segundo Oliveira, o aumento de preço do feijão carioca na região se deve principalmente a quebra de produção nas regiões produtoras por causa da seca. 
Na região de Ivaiporã, além dos problemas climáticos, os produtores também trocaram o tradicional plantio do feijão pela soja. “O preço da soja estava muito bom na época do plantio, aí o pessoal deixou de plantar. É bom lembrar que em outubro o feijão havia caído de preço no varejo aqui na nossa regional, e era encontrado nos mercados até por R$ 2,10”. 
A classe dos derivados do leite foram as que mais tiveram alta na pesquisa, um aumento médio de 18,15%. O queijo muzarela, que antes era vendido por R$ 24,53 o quilo, passou para R$ 28,95. Já o leite em pó (400 gramas), que no ano passado custava R$ 8,86, ontem estava sendo comercializado a R$ 12,95 na maioria dos supermercados da região.