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Arapongas anuncia obras em regime de urgência para conter erosão

Renan Vallim

| Edição de 05 de dezembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Prefeitura de Arapongas teve que realocar uma família que teve a casa interditada por conta de uma cratera formada entre o Conjunto Flamingos e o Jardim San Rafael, na região norte da cidade. No último final de semana, a Defesa Civil de Arapongas interditou duas residências na Rua Flautim-Ruivo, sendo que uma delas estava vazia. De acordo com a Secretaria de Obras, uma empresa será contratada em regime de urgência para acabar definitivamente com o problema.

Imagem ilustrativa da imagem Arapongas anuncia obras em regime de urgência para conter erosão


Em setembro deste ano, a auxiliar de serviços gerais Ana Carina de Lima realizou o sonho de adquirir uma casa própria. Ela só não esperava que, menos de três meses depois, precisaria abandonar a residência às pressas, com o filho de oito anos. “Foi um choque. É muito triste ter que tirar suas coisas do nada, assim de repente, ter que ir para uma casa que não é a sua. Quando comprei a casa, nunca cogitei que isso poderia acontecer”, lamenta.
Ela conta que, no sábado (2), foi orientada a sair do local por causa da cratera que estava crescendo em frente à casa. “Algumas semanas antes, quando chegava em casa, percebi o asfalto rachado. Pouco mais de uma hora depois, saí de casa novamente e vi que a rachadura havia aberto uns 10 centímetros. Dias depois, a terra cedeu naquela mesma rachadura. Foi quando fiquei com medo”.
Segundo ela, a própria prefeitura entrou em contato com ela. “Eles me deram todo o apoio. Me pediram para alugar uma casa nos mesmos moldes da minha casa e vão pagar o aluguel, de R$ 700. Ajudaram a transportar minhas coisas, a desmontar e remontar os móveis. Tenho muito a agradecer”, diz.
Ela está agora morando em uma residência parecida com a que foi interditada, no Jardim San Rafael. “Meu filho não quer voltar para a nossa casa. Ele ficou com muito medo do buraco, diz que quer ficar na casa que estamos hoje. Já eu morro de medo de perder a residência que tanto batalhei para comprar”, afirma.
A cratera mede aproximadamente 15 metros e pelo menos 20 metros de diâmetro. Segundo o secretário de Obras de Arapongas, Jair Milani, a erosão se formou após o rompimento de uma galeria pluvial, durante as chuvas do verão de 2016. A Prefeitura chegou a realizar obras de contenção no local. No entanto, segundo o secretário, o rompimento de uma nova tubulação, desta vez de água potável da Sanepar, piorou o problema. O buraco aumentou de tamanho e se aproximou das casas, trazendo risco aos seus moradores.
“As residências não estão condenadas. Nós optamos por interditar as duas casas como medida de segurança. Vamos fazer a contratação emergencial de uma empresa para acabar de uma vez com o problema. Já fizemos obras de contenção e estamos fazendo outras para minimizar o problema. Eu estou acompanhando as obras de perto, indo todos os dias ao local”, afirma Milani. 
Na tarde de ontem, caminhões de terra e uma retroescavadeira da Prefeitura trabalhavam no local.