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Arapongas aposta em campanha para dobrar coleta de material reciclável

RENAN VALLIM - ARAPONGAS

| Edição de 24 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Prefeitura de Arapongas está aproveitando a renovação dos contratos de coleta de lixo reciclável na cidade para incrementar o serviço. O projeto, que tem como principal foco a educação ambiental, visa aumentar a renda dos catadores e também a vida útil do aterro sanitário local, que hoje é de três anos. Uma das principais metas é dobrar a quantidade de recicláveis coletados no município, hoje em 100 toneladas por dia.

De acordo com o secretário municipal de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente, Luiz Gonzaga Pereira, o serviço de coleta seletiva da cidade gera preocupação. “Hoje, são dois pontos preocupantes: o grande número de pessoas que não realiza a separação do lixo e também o grande volume de material não-reciclável que é colocado junto ao reciclável. Queremos mudar isso”, destaca.
O plano da administração municipal é atuar na educação ambiental como forma de conscientização. A ideia da secretaria é desenvolver diversas atividades com o foco na importância da coleta seletiva, como peças teatrais, oficinas, palestras e distribuição de materiais gráficos.
“Vamos iniciar neste segundo semestre de 2018 um projeto abrangendo as escolas do município. O trabalho junto aos alunos é muito importante, pois é através deles que chegamos aos pais e também construímos resultados a médio e longo prazo. Nossa intenção, mais para o futuro, é licitar uma empresa especializada, que nos ajude a atuar junto às crianças e conscientizá-las sobre o tema”, disse Gonzaga.
Atualmente, duas cooperativas atuam na coleta seletiva da cidade, em barracões cedidos pela prefeitura. Elas reúnem cerca de 70 cooperados, que dividem entre si uma renda entre R$ 20 mil a R$ 25 mil, excluindo desta conta os subsídios e suportes ofertados pela própria administração municipal. São arrecadadas aproximadamente 100 toneladas de lixo reciclável por mês. 
“Arrecadamos em torno de 1,5 mil toneladas de lixo por mês, sendo que a média de itens recicláveis é de 25%, ou mais de 370 toneladas. É impossível reciclar todo este montante, mas não estamos chegando nem à metade disso. Temos potencial para mais. Nosso objetivo é, pelo menos, dobrar as 100 toneladas recicladas atualmente”, aponta o secretário.
Com este incremento, os cooperados teriam maior renda e o aterro sanitário ganharia em vida útil. “Podemos chegar a R$ 60 mil em geração de renda através da reciclagem, aumentando o repasse para cada cooperado. Além disso, o aterro sanitário ganharia mais tempo. Hoje, a vida útil é de apenas três anos e estamos buscando alternativas, além de um novo local. Porém, é difícil a construção de um novo espaço por conta das altas exigências ambientais envolvidas”, destacou Gonzaga.