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Araponguenses pedem punição a responsáveis por morte de ciclista

Da redação

| Edição de 17 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Centenas de pessoas participaram ontem à tarde de uma manifestação em Arapongas para pedir a punição dos responsáveis pelo acidente que matou o ciclista Diego Henrique Oliveira da Silva, de 25 anos. Ele morreu no último dia 9 após ser atingido na ciclovia da Rua Rouxinol por um veículo em alta velocidade. O condutor do carro chegou a ser preso, mas acabou liberado dias depois. Ele não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH), havia consumido bebidas alcoólicas e, segundo a Polícia Civil, participava de um racha com outros três motociclistas, todos sem CNH.

Imagem ilustrativa da imagem Araponguenses pedem punição a responsáveis por morte de ciclista

O protesto foi organizado pelo Moto Clube Amigos Arapongas, que tinha a vítima do acidente como integrante. Diego Silva também era motociclista, mas no dia do acidente estava indo trabalhar em uma oficina mecânica de bicicleta. “Estamos revoltados e queremos justiça. O Diego era uma pessoa incrível, muito querido por todos. Antes da missa de sétimo dia (celebrada na sexta-feira), o rapaz responsável pelo acidente já estava solto”, afirma Nei Cardoso, presidente do Moto Clube Amigos. A sede do clube, na Rua Rouxinol, foi ponto de concentração dos manifestantes.
Além de araponguenses, a manifestação contou com a participação de motociclistas de Apucarana, Astorga, Jaguapitã e Londrina. Também participaram do protesto, que percorreu a Avenida Arapongas, ciclistas e outros motoristas. 
Com cartazes e camisetas estampadas com a foto de  Diego, os motociclistas seguiram em carreata até o local do acidente, no final da Rua Rouxinol, com apoio de um caminhão da Prefeitura e da Guarda Municipal (GM), onde uma celebração religiosa foi realizada em clima de grande comoção. 
Diego da Silva deixou esposa e uma filha de oito meses. “Queremos a punição do motorista do carro e também dos demais envolvidos nessa tragédia, que entristeceu Arapongas”, completa Nei Cardoso.
Motociclista, o professor apucaranense Carlos Przybysc também participou da manifestação. Ele destaca que a reivindicação de justiça e paz no trânsito é uma necessidade da sociedade. “Infelizmente, a gente vive um um país de injustiça e impunidade. Só estamos pedindo justiça, nada mais”, comenta.
A araponguense Luciene Lemes Moretão, 47 anos, destacou a falta de conscientização no trânsito. “O problema não está nas ruas, mas na conscientização dos motoristas. Sabemos que nada vai trazer o Diego de volta, mas temos que pedir por justiça”.

COMO FOI
O acidente que vitimou o jovem araponguense ocorreu antes das 8 horas do último dia 9. Ele foi atingido em plena ciclovia e morreu na hora. O motorista Giovani de Lima Silva, de 18 anos, ficou três dias preso. Ele não tinha habilitação e o teste do etilômetro apontou 0,29 (miligrama de álcool por litro) no sangue do condutor. Durante as investigações, a Polícia Civil localizou três motociclistas que teriam participado de um racha com o motorista no dia. O condutor poderá responder por homicídio doloso (quando há intenção de matar).