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Biblioteca busca alternativas para ampliar número de leitores

CINDY ANNIELLI

| Edição de 10 de março de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com a evolução tecnológica – em um cenário onde o livro de papel luta contra a versão digital - as bibliotecas públicas tentam se reinventar para manter o interesse dos leitores antigos e atrair novo público. Em Apucarana, a Biblioteca Municipal Professora Olga Nunes Pedroso oferta outros atrativos além dos livros, como computadores, acesso à internet além de cursos de idiomas, informática e desenho aos visitantes.

A bibliotecária Inês Roberto, conta que a mudança no perfil dos leitores exigiu uma readequação na biblioteca. “A pesquisa em livros caiu 99% nos últimos anos. Em contrapartida, o uso dos computadores aumentou 50%. Então tivemos que nos adequar a tecnologia para o uso dos frequentadores, pois a pesquisa em livro caiu muito”, observa.
Embora a busca por livros de pesquisa tenha reduzido, houve um crescimento de 20% na procura por títulos de literatura por parte dos jovens que vão prestar vestibular e concursos e também por leitores de um modo geral. Atualmente a biblioteca conta com 3 mil leitores cadastrados, recebendo uma média de 200 inscrições por ano. “Do total de cadastros 60% são mulheres e 40% homens”, comenta.
De acordo com a bibliotecária, os leitores mais assíduos usam o espaço para ler geralmente para aproveitar a hora do almoço, ou porque gostam do ambiente tranquilo. “As vezes em casa tem barulho e não conseguem o silêncio para a leitura, ou para estudo”, comenta.
Todo ano a prefeitura compra novos títulos para atualizar a biblioteca, que atualmente conta com acervo de mais de 20 mil obras. Além disso, também recebe a colaboração de leitores através de doações.

ASSÍDUOS
A dona de casa Maria de Lourdes Rodrigues Villaverde, 66 anos, é a frequentadora mais antiga e uma das mais assíduas. Ela conta que o gosto pela leitura surgiu ainda na infância, e há mais de 20 anos ela empresta na biblioteca municipal.
“Morei 27 anos em São Paulo e desce pequena gostava muito de ler ”, comenta Maria, que se interessa por quase todos os estilos literários menos autoajuda e juvenil. 
Entre os mais leitores mais jovens está Nicolas Jack Stchuk, 11 anos, que há três anos frequenta a biblioteca por incentivo da mãe. “Ela me ajudou a encontrar a biblioteca e agora sempre venho buscar novos livros”, comenta.
Outra frequentadora assídua da biblioteca é a artesã Marli Guimarães, 56 anos. Para ela, a leitura não é apenas um hábito, mas um alento em meio às dificuldades. “Eu acabei de perder uma irmã, e o que me ajuda a esquecer é a leitura. Leio de tudo, principalmente romance espírita”, conta.
A empresária Ana Cristina Barbosa, 52 anos, também compartilha do mesmo amor pela leitura e garante que não troca o papel pelas versões digitais “O papel é insubstituível. O toque do papel é outra energia”, comenta a empresária que busca incentivar seus familiares e amigos a lerem mais.