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Bispo defende reflexão sobre o país no Jubileu de Nossa Senhora

Fernanda Neme

| Edição de 12 de outubro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Igreja Católica comemora hoje os 300 anos da descoberta da imagem de Nossa Senhora Aparecida no Rio Paraíba, em Guaratinguetá (SP). Em 1717, três pescadores – Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves – retiraram das águas a imagem da santa, que veio nas redes em dois pedaços: primeiro o corpo e, em seguida, a cabeça. Transformada em Padroeira do Brasil, Nossa Senhora Aparecida representa hoje a principal demonstração de fé dos brasileiros. 

Imagem ilustrativa da imagem Bispo defende reflexão sobre o país no Jubileu de Nossa Senhora

“A descoberta da imagem nas águas do Rio Paraíba é um evento que marcou a história não só dos católicos, mas de todos brasileiros. Nossa Senhora Aparecida é uma referência para todo Brasil. Não é um ícone católico simplesmente, mas faz parte da identidade brasileira”, assinala Dom Celso Antônio Marchiori, bispo da Diocese de Apucarana, que irá presidir hoje celebração em alusão ao Jubileu dos 300 anos de Aparecida no Ginásio Lagoão, a partir das 9 horas. 
Segundo Dom Celso, esses 300 anos da descoberta da imagem da Padroeira do Brasil precisam servir de reflexão. “Nossa Senhora Aparecida nos questiona sobre os grandes problemas que nos ferem, como a questão da corrupção, a violência e as imoralidades de uma sociedade sem Deus”, observa. O bispo afirma que é preciso acolher esses apelos que o Senhor manda por intermédio de Aparecida para mudarmos a realidade. “Do jeito que as coisas estão, não dá mais. Há muita enganação, com essa busca do poder pelo poder que deixa os pobres mais pobres, os ricos mais ricos e os poderosos mais poderosos, pensando que são os donos do Brasil”, assinala o bispo, com referência à crise política brasileira atual. 
Dom Celso defende uma postura mais ativa dos católicos. “O Jubileu vai ajudar a refletir, a rezar, a adorar a Deus e a fortificar a nossa fé. Não podemos ser católicos que vivem na mornidão. É preciso ter compromisso forte com o Evangelho e com a Igreja”, assinala. 
Ele assinala que a peregrinação para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, precisa representar verdadeiramente uma busca por conversão. “Quem vai a Aparecida e não se torna um discípulo missionário, sua ida não teve uma boa razão”, pondera. Segundo ele, os católicos que fazem a peregrinação “querem uma vida diferente, pautada pelos valores do Evangelho”. (FERNANDO KLEIN)