A Agência do Trabalhador de Apucarana tem mais de 300 Carteiras de Trabalho e Previdência Social (CTPS) ‘esquecidas’ em uma sala na unidade. O volume é de documentos que foram solicitados, mas seus donos nunca retornaram para buscá-los depois de prontos. A carteira mais antiga estocada no local está há quatro anos aguardando ser retirada.
De acordo com o gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Rodrigo Lievore, apesar do grande volume de documentos esquecidos na unidade, a situação ainda não tem causado problemas de falta de espaço. “Nossa principal preocupação é com relação ao próprio trabalhador pois, se a pessoa não foi buscar a carteira de trabalho, significa que não conseguiu uma colocação no mercado de trabalho formal”, diz.
Segundo ele, quem está com a CTPS à espera na Agência do Trabalhador não consegue nem retirar a segunda via do documento. “Como a retirada da primeira via não foi feita, consequentemente é impossível retirar uma segunda via. Ou seja, o trabalhador precisa, obrigatoriamente, vir até a Agência do Trabalhador para retirar o documento. Por isso, fazemos um apelo para quem está com o documento parado aqui na agência, para que venha buscá-lo”, diz.
Segundo ele, metade dos documentos foi feita ainda em 2018. Já o restante, cerca de 150 carteiras, foram feitas entre 2014 e 2017. A Agência do Trabalhador informa que, mesmo quem acabou tendo que se mudar para outra cidade, pode receber o documento.
“Já fizemos um esforço de enviar documentos até para o nordeste, por conta de uma pessoa que morava aqui, mas teve que se mudar após solicitar a carteira de trabalho”, lembra.
Os documentos levam, no máximo, 15 dias para ficarem prontos, prazo mínimo para retirada. Após este prazo, o titular precisa apresentar apenas o Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou documento equivalente para retirá-la. O documento não tem prazo máximo para retirada, ou seja, pode ficar engavetado na Agência do Trabalhador até que o titular vá buscar. Enquanto isso não acontece, a responsabilidade da CTPS fica à cargo do órgão. (RENAN VALLIM)