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Casos sem urgência sobrecarregam atendimento na UPA de Apucarana

Da redação

| Edição de 29 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Voltada para o atendimento de casos de urgência e emergência médica, a Unidade de Pronto Atendimento de Apucarana (UPA) tem registrado nos últimos dias uma média de 450 atendimentos – anteontem, mais de 500 foram registrados. A procura extrapola em 50% a capacidade diária de acolhimento. Segundo levantamento feito pela Autarquia Municipal de Saúde (AMS), a maioria dos pacientes que procura a unidade não se enquadra nos critérios de urgências ou de emergência, sobrecarregando a unidade.

Imagem ilustrativa da imagem Casos sem urgência sobrecarregam atendimento na UPA de Apucarana

A direção da unidade de pronto atendimento, avalia que a sobrecarga não existiria caso esses pacientes procurassem primeiramente o posto de saúde mais próximo. “A razão de existir das UPA’s é o atendimento de urgências e emergências. Pedimos a população que em casos simples, procure em um primeiro momento uma unidade básica de saúde (UBS), onde irão encontrar atendimento adequado”, orienta Erlan Robison Bosso, diretor-administrativo da UPA de Apucarana. Segundo ele, cerca de 85% dos pacientes que procuram a UPA se enquadram como pacientes eletivos, cujo atendimento de saúde poderia ser feito em outras unidades da rede. De acordo com ele, em caso de necessidade, a própria equipe da UBS realiza o encaminhamento para a UPA.
Ao não se enquadrarem nos critérios de urgência ou emergência, os pacientes que procuram a UPA muitas vezes precisam esperar um tempo maior. “Assim que a pessoa dá entrada na UPA ela passa de imediato por uma triagem, onde profissionais capacitados vão realizar a avaliação. A prioridade será sempre para os casos mais graves, segundo uma classificação de risco. Não é por ordem de chegada, as pessoas que procuram diretamente a UPA precisam entender que as urgências e emergências serão sempre prioridade”, conscientiza o diretor.
Ele lembra que na portaria da unidade há um painel com a classificação de risco. “Há todo um protocolo, com os casos enquadrados na cor “Vermelha” ou “Amarela” sempre tendo prioridade e sendo passados à frente. Pedimos um maior entendimento das pessoas neste sentido. Com a sobrecarga, não temos como oferecer a rapidez e qualidade que sempre buscamos em todos os casos que nos procuram, em especial aos classificados de menor risco”, ponderou Bosso. Por conta do excesso de pacientes, a demora de atendimento para os casos classificados como ‘Verdes’, de menor urgência e emergência, cuja espera prevista seria de até duas horas, podem demorar o dobro para serem atendidos ou mais.