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Cidades da região criam quase 2,3 mil vagas de trabalho para jovens em 2018

RENAN VALLIM APUCARANA

| Edição de 03 de março de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Jovens entre 18 e 24 anos têm dominado o mercado de trabalho na região. Enquanto a criação de vagas no geral caiu em torno de 72,8% em 2018, a faixa etária em questão obteve um crescimento de 11,4%. Profissionais na idade citada foram os mais contratados no período, seguidos pelos de até 17 anos. Foram quase 2,3 mil postos de trabalho criados para jovens menores de 25 anos no ano passado. Capacidade de se moldarem à empresa e salários mais baixos são principais motivos para que os jovens sejam mais buscados pelas empresas.

Nos 26 municípios do Vale do Ivaí mais Arapongas, foram criadas 636 vagas para jovens com menos de 18 anos em 2018. O número ficou praticamente no mesmo patamar do ano anterior, quando foram gerados 660 empregos. Na faixa etária seguinte, de jovens entre 18 e 24 anos, houve aumento significativo, passando de 1.489 para 1.648 vagas criadas.
Todas as outras faixas etárias tiveram desempenho negativo, tanto em 2017 quanto em 2018. Isto significa que as demissões superaram as contratações nos dois anos. O saldo total de vagas, somando todas as faixas etárias, ficou em 208 no ano passado. Em 2017, haviam sido criadas 765 vagas.
Arapongas foi o município da região que mais criou vagas para menores de 25 anos. Foram 910 postos de trabalho preenchidos por profissionais desta faixa etária. Em Apucarana, foram 722 vagas geradas.
Uma delas foi preenchida por Gabriela dos Santos Silva, de 20 anos. Ela iniciou o trabalho como atendente em uma cafeteria de Apucarana no ano passado, após dois anos buscando emprego. “Como a maioria das vagas pedia experiência, foi um pouco difícil conseguir um emprego, porque eu nunca havia trabalhado. Hoje, estou muito bem. Aprendi muito, me encaixei bem e estou muito feliz”, conta.
Segundo ela, a capacidade de adaptação dos jovens é um dos principais fatores que faz com que as empresas busquem estes profissionais. “Os jovens aprendem rápido e absorvem mais rapidamente a cultura da empresa. Eles não trazem práticas de empresas anteriores, isto faz com que haja uma boa adaptação no ambiente de trabalho”, avalia.
O gerente da Agência do Trabalhador de Apucarana, Rodrigo Lievore, concorda. “O que temos visto é um aumento na procura pelos jovens por parte das empresas. Via de regra, os candidatos com menos de 25 anos não trazem ‘vícios’ de empregos anteriores. Assim, as empresas conseguem ‘moldar’ o empregado dentro da sua cultura. Há ainda um fator salarial: os jovens são mão-de-obra mais barata. Mas não acredito que este seja o fator primordial”, conta.
Segundo ele, a falta de experiência não atrapalha. “Claro que existem empresas que preferem contar com trabalhadores mais experientes. Mas depende muito do perfil de cada empregador. Várias empresas fazem questão de contratar jovens”, diz.