CIDADES

min de leitura - #

Clima seco coloca em risco produção do milho safrinha

DA REDAÇÃO

| Edição de 01 de maio de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A falta de umidade no solo na região do Núcleo Regional de Ivaiporã já começa a impactar a produção das lavouras segunda safra de milho. A expectativa é que chuvas retornem em bom volume para que as plantas tenham uma boa recuperação. 

O engenheiro agrônomo Sérgio Carlos Empinotti, do Departamento de Economia Rural (Deral) da regional da Secretaria de Estado da Agricultura (Seab) de Ivaiporã, diz que a falta de umidade é grande e as perdas na produtividade já começam a ser sentidas. “Estamos há quase 60 dias com poucas chuvas. Mesmo assim, as lavouras vinham se desenvolvendo bem até agora. Mas, de 15% a 20% das plantas que estão entrando no estágio de início de floração começam a perder na produtividade”. 
Empinotti comenta que o milho safrinha na região nesta temporada seria recorde para o período, lembrando que a média histórica para o grão na região é de 4 mil quilos por hectare. 
“Pela qualidade do milho que a gente estava vendo com certeza superaria os rendimentos anteriores, acima dos 6.5 mil quilos por hectare. A qualidade é muito boa porque o plantio foi feito na época oportuna, com adubação correta. Mas se não der chuva boa nos próximos 15 dias, o prejuízo é incalculável”, relata Empinotti. 
O agrônomo relata ainda que o Deral está reavaliando a área plantada com milho safrinha nos 15 municípios da regional. Na safra anterior, o plantio foi de 50,1 mil hectares e a projeção inicial  era de que deveria chegar a 60 mil hectares. Contudo, pelas projeções a área deve a chegar a aproximadamente 70 mil hectares. 
Para o agrônomo, o aumento de área de cultivo do cereal se deve principalmente ao mercado em alta nesta safra. 
Na quinta-feira (29) o preço do milho na região de Ivaiporã estava cotado a R$ 96,30 a saca de 60 quilos, mais que o dobro da cotação do mesmo período do ano passado, quando a saca do cereal estava sendo comercializada a R$ 42,40.