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Com cotação em dólar, fio elétrico atrai atenção da bandidagem

DA REDAÇÃO

| Edição de 23 de julho de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os furtos de fios elétricos tornaram-se um desafio para a segurança pública de Apucarana e região devido ao grande número de casos. Só nesta semana, bandidos levaram quase 500 metros de cabos em duas ocorrências registradas na quarta-feira. Um deles no Loteamento Belvedere, de onde foram levados 400 metros de cabos da rede de energia, e o outro na Subestação da Sanepar, da Rua Deolindo Massambani, que teve 60 metros de fios furtados e dois disjuntores. Este foi o quarto crime do tipo em uma unidade da companhia de saneamento ocorrida no período de dez dias. O motivo da onda de furtos é a valorização do cobre, matéria-prima dos cabos, no mercado internacional. 

Levantamento da Sanepar aponta que, nos últimos 12 meses, foram registrados 37 crimes do tipo em subestações na região, sendo 26 (70%) somente em Apucarana. Se somados, os prejuízos causados por todos os arrombamentos ultrapassam milhões. O delegado-chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcus Felipe da Rocha Rodrigues informou que todos os crimes registrados na área estão sendo investigados. “De fato, é um problema que está incomodando muito a polícia. A Polícia Civil e a Militar têm conhecimento dos casos e estamos orientando sobre as medidas que possam dificultar a ação desses bandidos. Estamos investigando com a finalidade de identificar e representar pela prisão dos envolvidos”, afirma. 
Segundo o gerente geral da Sanepar na Região Nordeste do Paraná, Antônio Gil Gameiro, além de responsabilizar os autores dos arrombamentos, também é preciso identificar as pessoas que compram os materiais furtados, ou seja, os receptadores, para quebrar o ciclo criminoso. “A gente tenta uma parceria com a Receita Estadual porque o problema todo se concentra na receptação e precisamos que as pessoas que compram esses fios sejam responsabilizadas. Então essa parceria com a receita é para que faça autuação dos receptadores para inibir, não apenas pelo crime do furto, mas crime de receptação”, comenta. 

PREJUÍZOS À COMUNIDADE 
Como o foco dos furtos são os cabos da rede elétrica e de equipamentos, o serviço de fornecimento de água e tratamento de esgoto acabam sendo afetados. Na subestação de Novo Itacolomi, arrombada há exatamente uma semana, foram arrancados 80 metros de cabos elétricos de cobre, além de terem sido danificados, componentes do quadro de comando elétrico. Como consequência, o município teve o abastecimento de água comprometido  por dias.