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Com demanda em alta, material de construção fica mais caro

DA REDAÇÃO

| Edição de 07 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Os materiais para construção civil ficaram, em média, até 30% mais caros durante a pandemia da Covid-19 em Apucarana e Arapongas. Na opinião das empresas do setor ouvidas pela Tribuna, a alta dos valores acompanhou o crescimento das vendas que disparou, sobretudo, por conta do isolamento social. Com as medidas restritivas para conter o avanço do coronavírus, muita gente passou a ficar mais em casa, com mais tempo para planejar reformas. 

Pesquisa realizada em cinco estabelecimentos do ramo aponta a maior variação no preço do tijolo, com aumento de 27%. Antes da pandemia, o milheiro custava R$ 370 e agora o preço subiu para R$ 470, em média. O valor do saco de cimento com 50 quilos passou de R$ 23,5 aumentou para R$ 25,5, 8,5%, em média. O preço do saco de argamassa com 20 quilos também subiu de R$ 10 para R$ 11,25 (12,5%). Também sofreram acréscimo produtos das linhas de ferragens (8%), fios de cobre (20%), encanamento (10%) e materiais para acabamentos, em média.
Para a gerente de loja Daniele Cristina de Souza, a ‘lei da oferta e da procura’ determinou a alta nos preços devido ao crescimento das vendas ante a escassez de produtos durante a pandemia. De acordo com ela, o consumidor adotou um comportamento diferente por conta do novo coronavírus, e passa mais tempo em casa investindo no conforto do lar. “A pessoa quer reformar, melhorar o ambiente onde passa mais tempo. Isso acabou aumentando muito a demanda nos últimos meses”, afirma.
Daniele explica que as indústrias não conseguiram acompanhar a grande procura, por conta da redução de funcionamento e do quadro de trabalhadores. Além disso, a gerente cita a falta de insumos e matéria-prima para produção. “Com isso ocorre a lei da oferta e da procura, com empresas produzindo menos, produtos escassos no mercado e demanda maior. Se falta produto, o valor sobe”, observa.
Em Arapongas, os preços também tiveram acréscimo. Segundo o funcionário de uma loja de materiais para construção Genivaldo Oliveira, houve um aumento nas vendas dos produtos em geral. “As vendas aumentaram e os preços dos produtos também sofreram alteração”, diz.