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Devoto de Cambira caminha até Santuário de Aparecida com cruz

DA REDAÇÃO

| Edição de 28 de novembro de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Para celebrar a sobriedade, Claudino de Oliveira, de 46 anos, de Cambira, deixou o município às 5 horas da manhã de domingo (22) e segue rumo ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida, no interior de São Paulo. Ele está a pé e carregando uma cruz que pesa 35 quilos. O devoto acredita que a santa, Padroeira do Brasil, o ajudou a largar o vício das bebidas.

Após cinco dias de caminhada, o devoto chegou na noite de quinta-feira (26) a Florestópolis, se aproximando da fronteira com o estado de São Paulo. Mas, para chegar até o santuário, Claudino ainda tem que andar quase 725 km.
Na chegada a Florestópolis, o devoto foi recebido por várias pessoas que entregaram alimentos, água e tiraram fotos com ele. “Eu estou bem. Em Rolândia uma pessoa me ajudou e colocou uma placa de ferro no pé da cruz, que de arrastar ela no chão, estava estragando. Em Florestópolis, quando cheguei foi muito emocionante, muitas pessoas me recebendo, me ajudando, me incentivando, até a Polícia Militar precisou me escoltar até o abrigo onde eu ia ficar, para evitar aglomerações”, disse Claudino.
O devoto ganhou uma corrente de ajuda através de grupos nas redes sociais que acompanham a caminhada dele. “Pessoas até de São Paulo estão me oferecendo apoio com alimentação e local para dormir. Na minha primeira noite de caminhada, eu dormi na porta de uma igreja. Na noite seguinte, em um banheiro público. Mas agora, com a divulgação da minha história, muitas pessoas estão me oferecendo ajuda. Eu agradeço de todo meu coração a ajuda que venho recebendo. Eu vou conseguir pagar minha promessa, eu vou conseguir chegar no santuário e eu vou rezar por todos vocês”, comentou.
Segundo Regina Dutra de Souza, irmã de Claudino, ele deve demorar cerca de dois meses para chegar em Aparecida do Norte. “Acreditamos que Nossa Senhora o livrou da bebida. Ele bebia e saia pelo mundo, sofreu cinco acidentes, ficou em coma e sempre Nossa Senhora nos ajudou, intercedeu pela melhora dele. Agora ele criou coragem e foi. Ele trabalha capinando roça, nem se preparou para a caminhada, mas ele disse que se não fosse agora, não pagaria a promessa dele e que ele precisava honrar a graça recebida”, detalha. (SÍLVIA VILARINHO)