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Empresa desenvolve casa com isopor e fibra plástica

Ivan Maldonado

| Edição de 17 de fevereiro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Uma empresa de artefatos de cimento em Ivaiporã está desenvolvendo um protótipo de um casa pré-moldada com isopor e fibras plástica reciclável. Segundo o idealizador do projeto, Luiz Ciola, as placas são três vezes mais resistentes do que das casas feitas de alvenaria. Produto ecológico e térmico, as placas pré-moldadas de isopor podem substituir os tijolos tradicionais, barateando e otimizando o processo de construção. 

Imagem ilustrativa da imagem Empresa desenvolve casa com isopor e fibra plástica

Conforme Luiz Ciola, a ideia surgiu após a participação da empresa em uma feira de construção civil, em São Paulo. “Esse tipo de placa já é feito pelos chineses há mais de 30 anos. Nós vivemos num país pobre, que não aproveita o reciclável. Com esse material poderemos concluir uma construção de 100 m² em apenas três dias, com desperdício de material próximo de zero e muita economia. Na China, esse material é indicado para todos os tipos de edificações, como residências, escritórios e indústrias”, comenta. 
Segundo Ciola, o segredo da longa duração das placas são os materiais que unem as camadas de sua estrutura. “As placas são feitas com cimento, areia, fibra plástica e EPS (isopor), materiais que, para decompor na natureza, levam mais de 300 anos. Então, as placas duram mais que os materiais convencionais da construção civil”, defende. 
O custo para uma pessoa montar uma residência pré-moldada de aproximadamente 40 metros quadrados, conforme Ciola, será de aproximadamente R$ 22 mil. “As janelas, portas e tubulações de hidráulica e elétrica vão juntas com os painéis. Com R$ 15 mil a casa está montada, aí com mais R$ 7 mil a pessoa faz o contrapiso, um forro de PVC, o telhado e já pode morar”. 
Outra vantagem das placas é o isolante térmico, proporcionado pelo isopor reciclável. “O EPS atua como uma barreira na transferência de calor. No inverno, o ambiente interno fica com uma temperatura maior que o externo e, no verão, o interior da edificação fica com uma temperatura mais amena”, completa Ciola. 
A ideia do idealizador do projeto, após as fases de testes do protótipo, é produzir a estrutura de uma casa por dia.  (IVAN MALDONADO)