Empresários se unem para dar casa nova a dono de galo em Ivaiporã

O sonho de uma casa nova para o servente de pedreiro Élcio Antunes da Silva, 51 anos, dono do galo de Ivaiporã, que ganhou fama nacional após uma denúncia de perturbação de sossego, está mais próximo de se tornar realidade. Morador de uma casa de madeira na Vila Santa Terezinha, ele virou alvo de uma ação solidária que mobilizou uma série de empresários da cidade que garantiram a doação de material de construção, tinta e até móveis para nova casa.
A mobilização para a construção da nova moradia teve início depois que a bióloga Denise Kusminski, que é diretora do Departamento de Meio Ambiente do município, criou a campanha na Vakinha Virtual “Ajude a melhorar a casa do dono do Galo de Ivaiporã” . 
Durante a semana, Élcio já havia recebido a solidariedade de algumas empresas da cidade: a Formigão Tintas que vai doar as tintas para a pintura, a OL Construtora fornecerá a mão de obra da pintura. A rede de lojas MM irá mobiliar a casa com cama box, armário de roupas, geladeira, mesa, sofá, televisão e rack. 
Anteontem, a Comercial Ivaiporã, entrou no projeto e anunciou a doação de materiais de construção para a obra, que terá acompanhamento de um engenheiro civil, que também cedeu seu trabalho em prol da causa.
O presidente da rede Comercial Ivaiporã, Marcelo Gil, destacou que a história de seu Élcio, que mora sozinho – Os pais e os dois irmãos dele que tinham problemas de saúde já são falecidos 0 sensibilizou a cidade. “Isso gerou uma união entre empresários da cidade. Com a união de todos, vamos entregar uma moradia mais digna para ele”, comenta Marcelo Gil, que esteve ontem no endereço de seu Élcio. O empresário pede que as pessoas continuem as doações da campanha virtual. O dinheiro será usado na mão de obra do projeto.
Surpreso com a atenção que tem recebido desde que a história ganhou repercussão, Élcio, que é de poucas palavras, afirma que apesar de ter ficado triste com a confusão com o vizinho e a apreensão do galo, está sentindo a solidariedade das pessoas. “É um mal que veio para bem. Estou muito feliz, porque é uma oportunidade que Deus está me dando em ter uma vida melhor”, disse ele.
O galo de Élcio foi apreendido na madrugada do dia 9, após um vizinho acionar a Polícia Militar se queixando de perturbação de sossego por conta do canto insistente da ave. Levado para um abrigo temporário e sem condições de manter o animal na cidade, o galo acabou sendo vendido para um empresário que se compareceu da história e teve a ideia de devolver a ave para realização de um leilão para ajudar Élcio. De lá para cá, várias outras iniciativas foram surgindo