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Especialistas explicam riscos de acidente com impermeabilizante

Silvia Vilarinho

| Edição de 02 de julho de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um produto usado para a impermeabilização de estofados gerou um alerta em relação aos riscos durante e após aplicação. A discussão sobre a periculosidade aconteceu após uma explosão em um apartamento em Curitiba no último sábado que matou uma criança de 11 anos e deixou outras três pessoas feridas. A principal suspeita é de que o incidente tenha sido causado por gases produzidos por um produto usado na impermeabilização. 
Adriano Farias, que trabalha no ramo da limpeza de estofados há oito anos, contou que o produto é a base de solvente, por isso é inflamável. O profissional relatou que é preciso seguir algumas regras de segurança para evitar acidentes. 
De acordo com Farias, antes da aplicação, os clientes são devidamente orientados a, por quase cinco horas após o serviço, manter o ambiente todo aberto sem ligar interruptores ou gás. 
“Antes de chegarmos no local de aplicação, já pedimos para o morador deixar todo o ambiente aberto. Antes do serviço, retiramos todos os aparelhos da tomada, para não ter o risco de pegar alguma faísca. É fundamental que o ambiente esteja arejado, de preferência com janelas e portas abertas. É um produto perigoso, que se não souber usar, pode gerar complicações. Orientamos até nossos clientes em dia de aplicação, a não fazer o almoço, para não ter o uso do gás”, explica o profissional. 
Ainda segundo o empresário, ele ou a equipe nunca sofreram nenhum incidente e a procura pelo tipo de serviço é bastante grande. “Não podemos usar em um ambiente fechado esse produto, pois quando usamos ele, é como se formasse uma nuvem de fumaça, por isso a importância de um local aberto. A procura por esse tipo de serviço é muito grande. Um sofá é caro, as pessoas querem proteger. Em Apucarana quase não encontramos o produto, quando precisamos compramos em Arapongas. Mas usamos com toda segurança necessária”, detalha Farias. 

BOMBEIROS
A tenente Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, do Corpo de Bombeiros, informou que até o momento a corporação não registrou em Apucarana ou pela região que a instituição atende, qualquer incidente com o produto usado em impermeabilização.  Ela orienta que é sempre bom procurar empresas especializadas e com toda a documentação em dia com relação à treinamentos e materiais utilizados. Se possível, usar produtos à base de água. 
“Preferencialmente o trabalho de impermeabilização deve ser feito fora da residência, mas não sendo possível, deixar o espaço bem arejado, com janelas e portas abertas para propiciar uma melhor ventilação; não usar nada que possa gerar faísca, como cigarros, fósforos. Até mesmo o fato de ligar um interruptor ou o uso do celular podem gerar faíscas” destaca a tenente. Segundo ela, é aconselhável inclusive manter um extintor de incêndio durante o momento da aplicação.