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Excesso de chuvas dobra demanda por tapa-buracos em Apucarana

Vanuza Borges

| Edição de 09 de junho de 2016 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Apucarana gasta por mês 600 toneladas por mês de massa asfáltica em serviços de tapa-buraco na área urbana. O volume corresponde ao dobro aplicado em meses sem excesso de chuvas. De janeiro a junho deste ano, o município superou em 78,6% a média histórica para o período, que começou em 2000. Em reais, o diretor do Departamento Municipal de Obras, de Apucarana, engenheiro Eduardo Mendonça, estima um gasto de R$ 90 mil a mais por mês.

Imagem ilustrativa da imagem Excesso de chuvas dobra demanda  por tapa-buracos em Apucarana

Os meses mais atingidos pelas chuvas, em Apucarana, foram janeiro, quando chegou a ser decretada situação de emergência, fevereiro e maio. Em Arapongas, que também sofreu com as chuvas do início do ano, o investimento em massa asfáltica aumentou 30% nos meses com maior volume pluviométrico. A média está em 500 toneladas por mês.

A passagem da enxurrada no asfalto, além de provocar novos danos, aumenta os que já existem. Entre as causas, além da força da água, o engenheiro Eduardo Mendonça destaca base velha do asfalto e problemas de drenagem em vias públicas. Sobre a drenagem, ele ainda chama a atenção para um hábito comum da população: jogar lixo na rua. “Quando chove, o lixo vai para a boca-de-lobo, que acaba entupida, impedindo o escoamento adequado da água”, sublinha.

Além da piora das condições da malha viárias, as equipes encontram dificuldade em fazer os consertos por conta do mau tempo prolongado. A prefeitura atua diariamente, quando o tempo permite, com três equipes que totalizam 35 operários exclusivamente para eliminação de buracos.

Em Arapongas, que também sofreu com as chuvas do início do ano, o investimento em massa asfáltica aumentou 30% nos meses com maior volume pluviométrico. A média está em 500 toneladas por mês. “Mesmo que tenha uma demanda maio, não conseguimos atender por causa da capacidade da mão de obra”, argumenta o presidente da Companhia de Desenvolvimento de Arapongas (Codar), Alberto de Oliveira Júnior.

Ele explica por que as chuvas aumentam a demanda por este tipo de obra. “Onde tem uma erosão por baixo da capa asfáltica, a água entra e ocasiona o agravamento do problema”, afirma. Em algumas situações, dependendo da força da enxurrada, pode até levar partes da pavimentação.

Júnior, por sua vez, observa que a drenagem também compromete o retorno aos trabalhos, uma que é preciso o solo estar seco, para retomar as obras. “Em Arapongas, aplicamos a massa asfáltica à frio, que pode ser aplicado mesmo em dias de chuva. Esta técnica possibilita fazer o trabalho de prevenção”, afirma.

Porém, em alguns trechos, Júnior observa que é essencial fazer a drenagem antes de iniciar as obras de tapa-buraco. “Algumas regiões foram mais afetadas, como Santa Alice e o Parque dos Pássaros, em especial trechos da Rua Pavão e Sanhaço-rei. Nesses locais, além do asfalto, estamos fazendo também a tubulação, para drenagem, e o meio-fio também”, diz.