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Expectativa de vida no Paraná chega a 77,4 anos, aponta IBGE

Da Redação

| Edição de 01 de dezembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a expectativa de vida dos paranaenses passou de 77,1 anos, em 2016 para 77,4 anos em 2017. O aumento equivale a três meses e 20 dias. Os dados foram divulgados nesta semana através da pesquisa Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2017. Com o crescimento da expectativa de vida, uma das principais tendências é a de idosos cada vez mais ativos.

De acordo com o estudo, a expectativa de vida dos homens foi a que mais aumentou, passando de 73,4 anos em 2016 para 74 anos em 2017. No entanto, a média masculina continua bem inferior à feminina. Entre as mulheres, o índice passou de 80,5 anos para 80,8 anos.
Com 76 anos, a apucaranense Wanda Thereza de França é um exemplo de pessoa que, mesmo aposentada há 20 anos, não parou no tempo. Além de exercícios físicos, como caminhada e pilates, a ex-professora comanda uma loja de plantas e paisagismo, algo que ela não fazia ideia de como fazer até deixar as salas de aula.
“Logo que me aposentei, em 1998, fiquei perdida. Não tinha o que fazer, o relógio parecia que não andava. Fiquei desesperada, buscando alguma atividade. Tentei vender comida congelada, mas não gostei da experiência. Então vi que haviam poucas lojas de plantas na cidade. Foi quando resolvi criar a minha”, destaca.

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No começo, conta ela, não foi fácil. “Eu não sabia nada de plantas, meu marido não achou que daria certo, mas fui em frente mesmo assim. Comprei livros, estudei muito e abri a loja. Posso dizer que me encontrei no meio das plantas. Foi um recomeço, mesmo depois de aposentada. A aposentadoria, ao invés de um fim, pode ser um novo começo”.
As plantas, inclusive, têm sido fundamentais para ajudar Wanda a superar a perda inesperada de um filho, há cerca de um mês. “Era ele que me ajudava aqui na loja. O baque é grande, mas foi aqui, no meio das plantas, que encontrei forças e estou superando a morte dele”, conta.
Lourdes Spaciari também se mantém ativa, mesmo aposentada há mais de uma década. Com 71 anos, ela coordena o ensino de Língua Inglesa na Autarquia Municipal de Educação (AME) de Apucarana. “É preciso ficar ativa. Por isso, trabalho, faço atividades físicas, busco nunca ficar parada”, diz.
Ela conta que ficar em casa sem fazer nada pode levar a complicações. “Ficar em casa é ruim não apenas para o corpo, mas principalmente para a mente. As chances de desenvolvimento de depressão são grandes, ainda mais para quem sempre foi acostumado a ser ativo. Não pode ficar parado”.
Entre todos as unidades da federação, o Paraná aparece com a sétima maior expectativa de vida, atrás de Santa Catarina (79,4 anos), Espírito Santo (78,5), Distrito Federal (78,4), São Paulo (78,4), Rio Grande do Sul (78) e Minas Gerais (77,5). Com as menores expectativas de vida estão Maranhão (70,9 anos) e Piauí (71,2 anos).
Os números paranaenses ficaram acima da média nacional. Segundo o levantamento, a expectativa de vida do brasileiro passou de 75,8 anos para 76 anos, um aumento de três meses e 11 dias.