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Exportações na região retomam fôlego após 7 anos de queda

ALINE ANDRADE E SILVIA VILARIN APUCARANA

| Edição de 08 de dezembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Após 7 anos consecutivos de queda no volume das exportações, os municípios da região retomaram o crescimento em 2019. As exportações cresceram cerca de 3% neste ano, saltando de U$$ 132 milhões em 2018 para U$$ 138 milhões de janeiro a novembro de 2019. Arapongas, São Pedro do Ivaí e Apucarana se destacam nos números de negociações, entre os 12 municípios da região que exportam produtos. Juntos, os 3 municípios faturaram cerca de U$$ 110 milhões.

Arapongas registrou um volume de exportações de U$$ 57 milhões de janeiro novembro de 2019, com destaque para o setor de móveis que vem avançando nos últimos anos no mercado externo, com U$$ 29,6 milhões, o que representou 52% da fatia das negociações. As exportações de miudezas de animais aparecem em seguida, com U$$ 6,47 milhões, o que representa 11% das exportações do município e a carne bovina com U$$ 4,44 milhões exportados no período, o que equivale a 7,8% do valor total.
São Pedro do Ivaí exportou U$$ 31 milhões no período de janeiro a novembro de 2019, com destaque para a negociação de leveduras, que faturou U$$ 17,92 milhões, 57% do total das exportações do município. Produtos utilizados para alimentação de animais ficou com 34% da fatia das exportações, com faturamento de U$$ 10,75 milhões. A soja aparece em terceiro lugar entre os produtos exportados por São Pedro do Ivaí, com faturamento de U$$ 2,43 milhões, cerca de 7,8% do total das exportações da cidade.
Apucarana exportou U$$ 22,57 milhões de janeiro a novembro de 2019, com destaque para o setor de farinhas de cereais, responsável por 25% das exportações, gerando um faturamento de U$$ 5,56 milhões. Em segundo lugar, ficou a exportação de couros, com U$$ 4,49 milhões, cerca de 20% do valor total das exportações. A exportação de tecidos de algodão também se destacou no município, gerando uma receita de U$$ 4 milhões, o que representa 18% de todas as exportações de Apucarana.
A retomada das exportações pode ter impacto positivo na geração de empregos caso a taxa do câmbio se mantenha em alta. É o que acredita o economista Rogério Ribeiro. Para o especialista, a retomada das exportações pode ganhar força se as políticas econômicas aproveitarem o momento.
Segundo o economista, quando o dólar sobre, o produto brasileiro fica mais barato e competitivo. Contudo, outros países podem aplicar medidas para entrar na concorrência. “Aumenta a demanda de produtores e a tendência de quem exporta, é exportar ainda mais, se não tiver nenhuma medida de políticas econômicas de outros países. O mercado é muito dinâmico. É uma conjuntura. Por exemplo, deu uma disparada na guerra comercial nos EUA e China e essa redução de juros atípica despertou interesse. É um conjunto de fatores”, comenta.
Ele destaca que o câmbio alto favorece o quadro. “Com o câmbio alto, aumenta a inflação, mas a taxa de inflação está baixa, então vamos construindo cenários. Se esse aumento das exportações for persistente, pode gerar um aumento de emprego. As empresas que demitiram nos últimos anos podem até contratar mais funcionários gerando uma retomada produtiva. Essas empresas já tinham uma capacidade de exportação instalada, sempre exportaram, agora é um processo de retomada, tanto da economia mundial, como na brasileira”, explica o economista.