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Financiamentos de habitação crescem 88%

Adriana Savicki

| Edição de 17 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Após um período de estagnação, o setor imobiliário iniciou o ano mais aquecido, pelo menos em Apucarana. No primeiro trimestre de 2018, o número de contratos de financiamento de imóveis liberados pela Caixa Econômica no município teve um crescimento de 88% em relação ao mesmo período do ano passado. O volume de dinheiro liberado totaliza R$ 36,1 milhões, o que representa mais da metade do total de financiamentos do ano passado, que somou R$ 60,1 milhões. Ontem, a instituição financeira anunciou uma série de medidas para facilitar o acesso à casa própria.

Imagem ilustrativa da imagem Financiamentos de habitação crescem 88%

Entre as medidas anunciadas pelo banco estão a redução na taxa de juros, no primeiro corte anunciado pelo banco desde novembro de 2016. O banco também voltou a financiar até 70% do valor de imóveis usados; o limite estava em 50% e retomou financiamentos de imóveis com produção financiada para outros bancos (ver box).
Para o imobiliarista de Apucarana João Ceriani, o mercado atual, ainda que não seja o ideal, está melhor para o mercado, o que explica os números do trimestre. “O cenário hoje está um pouco mais promissor. Temos um agente mais flexível para liberar os financiamentos e apesar da retomada do emprego ainda não ter ocorrido, há uma estagnação na taxa de desemprego, fazendo com que o público alvo do financiamento fique mais confiante”, afirma. 
Segundo ele, o aumento da concorrência entre os bancos na área da habitação e o mercado financeiro também têm impacto nos números mais positivos. Com a queda na remuneração dos fundos, investir em imóveis se torna mais atrativo. “Essa flexibilização da Caixa neste momento é bastante positiva”, comenta.
Gerente de vendas de uma imobiliária e construtora de Apucarana, Thallys Naves, tem avaliação semelhante. “O mercado está melhorando o ritmo”, acredita. Para ele, a redução dos juros e principalmente o aumento do teto de financiamento para imóvel chega em boa hora. “Com exigência de menor entrada, há um bom mercado de imóveis usados represado que poderá ser negociado com mais facilidade. Fica bom para quem quer vender e para quem quer comprar”, comenta.
O corretor Adilson Ribeiro, também de Apucarana, acredita que a queda no juro é fundamental para aquecer o setor, principalmente no caso do imóvel usado. “O setor melhorou um pouco e se ampliou nos últimos meses, mas em termos de imóvel usado, pouco se vendeu”, destaca.

Juros menores e entrada reduzida
O corte dos juros vale para financiamentos usando recursos do SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo). As novas taxas começas a valer a partir desta segunda-feira.
As taxas mínimas da Caixa na linha do SBPE caíram de 10,25% ao ano para 9% ao ano para imóveis de até R$ 950 mi. Já para imóveis acima desses valores, as taxas mínimas caíram de 11,25% ao ano para 10%.
Além da redução de juros, o limite para financiar imóveis usados subirá de 50% para 70%. O banco também retomou o financiamento de operações de interveniente quitante (imóveis com produção financiada por outros bancos) com cota de até 70%.
Segundo o gerente regional de Construção Civil da Superintendência regional da Caixa, Valdemir Martins, o banco espera ampliar o volume de negócios. Ele destaca, entretanto, que a regional já vem alcançando metas mesmo antes do pacote de incentivos. “Na nossa regional já ampliamos os financiamentos de habitação em 21% neste ano. Contratamos mais de R$ 180 milhões no ano e Apucarana tem se demonstrado um mercado em crescimento”, afirma. (COM FOLHAPRESS)