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Financiamentos imobiliários caem 15% em Apucarana

Vanuza Borges

| Edição de 31 de janeiro de 2016 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número de financiamento de imóveis novos e usados pela Caixa Econômica Federal (CEF) caiu 15% em 2015 em comparação aos doze meses de 2014 em Apucarana. Em Arapongas, a situação é diferente. O município vizinho apresentou alta de 4%. Em Apucarana, o valor de financiamentos chega a R$ 71 milhões, e, em Arapongas, a R$ 68 milhões.

Neste período houve variações entre as linhas de concessões de crédito. Por exemplo, o financiamento habitacional ativo contratado com recursos da poupança (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE), usado para compra de imóveis acima de R$ 145 mil, apresentou queda nos dois municípios. Em Apucarana foram 110 contratos do gênero em 2014 e apenas 68 em 2015, o que representa uma queda de 38%. Já em Arapongas, passou de 106 para 53, ou seja, 50% a menos.

Os números são reflexo das mudanças anunciadas pela Caixa Econômica Federal durante o ano passado, que restringem o acesso ao crédito imobiliário. No caso do SBPE, o financiamento passou a ficar limitado a um contrato por cliente e houve ainda redução do limite do valor total financiado de 80% para 50% do valor do imóvel.

Imagem ilustrativa da imagem Financiamentos imobiliários caem 15% em Apucarana

Também houve queda nos imóveis financiados pela Faixa I do Programa Minha Casa Minha Vida, que atendia beneficiários com renda de R$ 1,6 mil. Em Apucarana passou de 457 para 358, uma queda de 21%. No município vizinho, em 2014 foram registrados 9 contratos nessa categoria. Em 2015, nenhum.

Na Faixa II e III, Apucarana também registrou queda de 0,83%. Arapongas, por sua vez apresentou alta de 31%, passou de 467 para 612. No caso do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), de 2014 para 2015, o número de contratos saltou de 24 para 43, uma alta de 79%. Em Arapongas, foi registrado transação deste tipo apenas em 2014, 34 contratos.

Para Patrícia Roncalho, de Apucarana, que trabalho no setor de financiamento de imóveis, houve uma queda de mais de 15% nos últimos meses. Para ela, o motivo não é a mudança no financiamento, mas está associado ao medo da crise. “Atendo várias pessoas que achavam que o financiamento imobiliário era mais complicado e, por isso, não haviam procurado antes. Falta informação”, diz.

Já para Mara Alves, que também trabalha no setor de financiamento imobiliário, a situação é inversa. Segundo ela, a procura aumentou nos últimos meses. “A média de contrato girava em torno de 8. Em janeiro, por exemplo, enviamos 12”, diz.

Entretanto, Mara avalia que quem quer financiar um imóvel é a hora. “Algumas medidas vão entrar em vigor somente em 2017, por isso, quem quer a casa própria este é o momento”, afirma. Ela explica que o valor hoje do financiamento de uma casa pelo Programa Minha Casa Minha Vida é de até R$ 145 mil, a partir de 2017 vai reduzir para R$ 130 mil para Apucarana. Ela alerta também que os subsídios serão reduzidos.