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Frigoríficos sob suspeita são impedidos de exportar

Folhapress

| Edição de 21 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, afirmou ontem, que o Brasil suspendeu a licença de exportação de 21 plantas de frigoríficos sob investigação na Operação Carne Fraca, mas que continuará a permitir a venda dos produtos dessas fábricas no mercado interno.
"Temos que correr, porque não podemos permitir o fechamento de mercados, ou para reabrir serão muitos anos de trabalho", afirmou o ministro. "Nossa preocupação é não deixar sem resposta todos os pedidos".
De acordo com Maggi, a China tomou a decisão de não permitir o desembaraço de contêineres de carne originária do Brasil. Técnicos do ministério se reuniriam às 21h por teleconferência com representantes do país para conversar sobre a situação."Esperamos que com essa conversa consigamos minimizar a situação", disse o ministro.
Em relação à União Europeia, ele afirmou que a decisão foi de suspender as importações das 21 plantas sob suspeita. "Não há nenhuma retaliação por parte dos europeus, só preocupação", afirmou.
Maggi disse ainda que não está claro se o comunicado do Chile sobre o tema, de decidir suspender as importações, foi referente apenas às 21 plantas ou a todo o mercado. "Vamos negociar com eles esse anúncio", disse.
Ele lembrou que a Coreia do Sul suspendeu as importações somente da BR Foods e que a Rússia está "observando o movimento da Comunidade Europeia". "Com a definição da Europa, começamos a clarear mais esse assunto
A UE é um dos principais compradores da carne brasileira -entre os importadores de carne bovina, o bloco lidera ao lado de Hong Kong, China, Egito, Rússia e Irã. O bloco importou 6,5 mil toneladas de carne bovina brasileira em fevereiro.

CRÍTICAS
O ministro Blairo Maggi criticou a PF por "erros técnicos" cometidos na operação, que levou o presidente Temer a convocar uma reunião de emergência durante o domingo.
Membros da equipe ligada à Operação Carne Fraca, rebateram as críticas. Os investigadores afirmam que ainda há muito material sob sigilo, e que a operação deve ter desdobramentos mais adiante. (FOLHAPRESS)