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Gás de cozinha sobe até R$ 10 na região a partir de hoje

Renan Vallim

| Edição de 21 de março de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O preço do botijão de gás liquefeito de petróleo (GLP), mais conhecido como gás de cozinha, deve ficar até R$ 10 mais caro na região a partir da meia-noite de hoje. A informação foi confirmada por revendedores do produto na região, após o anúncio do aumento feito pela Petrobras na semana passada. A maior alta foi em Arapongas, chegando a até 20%, mas o botijão mais caro continua sendo em Apucarana, que deve ter reajuste de até 12,7%.

Imagem ilustrativa da imagem Gás de cozinha sobe até R$ 10 na região a partir de hoje

Até ontem, o araponguense pagava em torno de R$ 50 o botijão de 13 kg nas revendedoras da cidade. Com o reajuste de até 20%, o preço deve ir para R$ 60, de acordo com alguns estabelecimentos.
“O movimento até subiu hoje [ontem]. Muita gente, para antecipar a alta, aproveitou o último dia de preço mais baixo para trocar o botijão. O preço do botijão estava defasado, visto que a concorrência acabou jogando o preço para baixo nos últimos tempos”, disse Denise Correa, proprietária de uma revendedora em Arapongas.
Na última sexta-feira (17), a Petrobras fez o anúncio do aumento no preço do gás de cozinha de 9,8%. Cálculos da companhia apontavam que, se o novo índice for totalmente repassado para o consumidor, o botijão iria custar R$ 1,76 a mais, bem menor, portanto, que a média na região. Isso acontece porque quem define quanto cobra do consumidor são as distribuidoras e os revendedores.
Em Apucarana, o preço do botijão de 13 kg ficava entre R$ 55 e R$ 60 até ontem. Com o reajuste, revendedoras acreditavam que o valor iria aumentar entre R$ 5 e R$ 7, chegando a R$ 67, uma alta estimada de 12,7%. A indefinição se dava porque, segundo os estabelecimentos, os valores ainda não haviam sido repassados pelas distribuidoras até o final da tarde de ontem.
“Nós não gostamos quando o preço sobe. Nós apenas repassamos os custos, sem poder reajustar a margem de lucro. A grande concorrência entre os estabelecimentos de Apucarana inviabiliza aumentarmos demais os valores”, diz Fabiana Zambonini, proprietária de uma revendedora.
Também proprietário de uma revenda de gás de cozinha em Apucarana, André Francisco Lima diz que alguns consumidores reclamam da situação. “Apesar de algumas reclamações, a maioria das pessoas é informada e entende a situação. Boa parte dos meus clientes já sabem do aumento”, afirma ele.
O último reajuste no preço do gás de cozinha feito pela Petrobras foi em 1º de setembro de 2015, após passar um período de mais de dez anos sem aumentar os valores. O preço do gás ficou congelado entre 2002 e 2015 como forma de controlar a inflação no país.
Contudo, o gás é reajustado anualmente por conta dos salários da categoria, cuja data base é em setembro. No ano passado, o reajuste médio na região foi de 12%. Em novembro do ano passado, a Petrobras cortou subsídios para as distribuidoras, o que também impactou no preço.