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Gasolina já custa quase R$ 7 em Apucarana e Arapongas

DA REDAÇÃO

| Edição de 13 de novembro de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O preço da gasolina comum não dá trégua ao bolso do consumidor. Pesquisa realizada ontem no aplicativo Menor Preço, aponta que o litro do combustível está custando quase R$ 7 nos postos de Apucarana e Arapongas, sendo encontrado entre R$ 6,87 até R$ 6,99. Mas segundo consumidores, já tem estabelecimento vendendo gasolina comum a R$ 7,28. Economistas alertam sobre a tendência de aumento no preço do combustível que poderá chegar à casa dos R$ 10. 

O último reajuste de preço praticado pela Petrobras no preço da gasolina foi de 7,04% há apenas 17 dias. Para o economista Rogério Ribeiro, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) campus de Apucarana, essa nova alta pode ter relação com margens de lucro dos distribuidores e revendedores que reajustam os preços por conta da alta dos custos. 
“O que podemos deduzir é que está ocorrendo um aumento dos preços por ajuste de margem de lucro ou de outros custos dentro da atividade de distribuição ou revenda. Este movimento está muito evidente em nosso município”, analisa. 
Dados divulgados nesta semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta disparada nos preços dos combustíveis. A gasolina acumula alta de 42,72% nos últimos 12 meses e com a tendência de aumento continua, especialistas não duvidam que o combustível possa chegar ao patamar dos R$ 10. 
“Ninguém dúvida mais disto. O governo está letárgico e não esboça reação quanto a isto. Se não tiver um freio na política de preços da Petrobrás, e uma reversão da desvalorização do Real, os combustíveis continuarão subindo indefinidamente”, comenta.
Com tantas altas fica difícil economizar diante de um cenário econômico desastroso como esse. Mas, segundo o economista, a população tem encontrado alternativas e já reduziu muito a utilização de veículos para atividades supérfluas. “Muitas pessoas trocaram carros por motos, mas, mesmo assim, a despesa é muito grande. Um aluno me relatou nesta semana que trabalha com vendas externas e o seu custo com combustível dobrou neste ano. As coisas estão fora de controle e somente o governo federal poderá amenizar está situação. Agora as pessoas passam a se reinventar. Algumas pessoas combinam caronas para ir ao trabalho ou mudar a frequência que usa veículo próprio”, comenta. 
Ribeiro acredita que a alternativa mais viável ainda é o transporte coletivo. Contudo, o sistema deveria ser mais confortável, frequente e seguro para ter adesão de usuários que possuem veículos próprios.