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Incidência de queimadas cresce 98%

Adriana Savicki

| Edição de 11 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Um incêndio ambiental causou, na manhã de ontem, interdição parcial da BR-376, no Contorno Sul de Apucarana. Uma árvore atingida pelas chamas caiu na pista. Segundo o Corpo de Bombeiros de Apucarana, as condições climáticas dos dois meses últimos meses têm elevado em quase 100% as ocorrências de queimadas. 

Imagem ilustrativa da imagem Incidência de queimadas cresce 98%


No primeiro semestre deste ano, a corporação registrou 206 casos, 98% a mais que os 104 registrados no mesmo período do ano passado. Em 2017, foram contabilizados 268 registros na área atendida pelo 4º Subgrupamento de Bombeiros Independente (SGBI) de Apucarana. “No primeiro semestre deste ano, o número de incêndios ambientais quase se equipara aos registros de todo o ano passado”, comenta a tenente Paula Zanlorenzi, que destaca que tradicionalmente a temporada de queimadas ainda não começou. 
“Estamos vivendo um ano atípico, uma vez que os incêndios ambientais são mais frequentes nos meses de julho e agosto, o que gera um alerta para o que ainda está por vir”, comenta.
A corporação reforça o recado de que a limpeza de terrenos com uso do fogo é crime ambiental passível de multa. “A conscientização é fundamental. Queimadas, além do desconforto respiratório que despertam para a população em geral, trazem grandes riscos de segurança”, diz. Segundo a tenente, a orientação é, inclusive, que a população, além de acionar os bombeiros, também denuncie quem ateia fogo em vegetação junto à Secretaria de Meio Ambiente, que tem poder de polícia para fiscalizar 3423-0142.

SAÚDE
O clima seco aliado ao excesso de fumaça também traz efeitos diretos na demanda de atendimento de saúde. As condições têm ampliado em cerca de 30% a frequência de usuários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Apucarana. A avaliação é do diretor-administrativo da unidade, Erlan Robison Bosso. Segundo ele, em média, a unidade tem recebido 450 pacientes e ampliado a aplicação de inalações. “A mistura de tempo seco e aumento da poluição do ar afeta principalmente crianças e idosos, que são mais suscetíveis”, comenta.