Em apenas um mês o preço do tomate ficou 15,15% mais caro para os apucaranenses. É o que mostra o levantamento do Núcleo de Conjuntura Econômica e Estudos Regionais (Nucer) da Universidade Estadual do Paraná (Unespar) que pesquisou preços de 13 itens da cesta básica que variou pouco e teve uma pequena queda de 0,26%, passando de R$ 581,09 em julho para R$ 579,58 em agosto. O café foi o segundo produto com maior alta no valor, de 8,3%, seguido pelo açúcar (4,42%), leite (3,09), arroz (2,78%), óleo (2,11%), manteiga (1,05%), feijão (0,72) e o pão francês (0,53%).
Entre os motivos que impactaram ainda mais os preços dos produtos provenientes da agricultura foram a falta de chuvas e as geadas. Entre junho e julho, o campo sofreu com fortes ondas de frio que atingiu diversas culturas como o café e hortifrútis.
“A falta de chuvas vai causar ainda mais problemas por conta da crise energética. A falta de chuvas volumosas redunda em prejuízo para o produtor rural que reflete no preço pago pelo consumidor. Com uma menor oferta e uma grande demanda, os custos sobem”, analisa o economista Rogério Ribeiro, professor da Unespar, campus de Apucarana.
Em contrapartida, a carne de boi, responsável pela maior parte do custo da cesta básica (43,72%), teve queda de 3,34% no preço. Segundo o economista, isso explica a redução de 0,26% do preço total da cesta básica.
“Muitas pessoas deixaram de consumir carne de boi porque está muito cara. Em função disso, mercados estão fazendo promoções, reduzindo preço para vender mais. Isso gera um processo em cadeia, com mercados comprando menos, frigorífico comprando menos. O criador de bois acaba reduzindo o preço e essa queda é repassada lá na ponta para o consumidor final”, observa o economista acrescentando que a arroba do boi gordo caiu de R$ 320 para R$ 308 na última semana.
Também ficaram mais baratas a batata (- 3,28%), banana prata (-3,03%) e farinha de mandioca (-0,64%). A pesquisa da cesta básica foi realizada em oito estabelecimentos.