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Multas por avanço de sinal aumentam 14%

ALINE ANDRADE

| Edição de 11 de agosto de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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 Dados do Detran Paraná apontam que o índice de infrações de trânsito em geral registradas no primeiro semestre diminuiu em Apucarana, porém infrações consideradas graves como falta do uso de cinto de segurança e avanço do sinal vermelho tiveram aumento considerável. Autoridades de trânsito no município alertam para os perigos desta prática.

No total, Apucarana registrou 12.695 infrações de trânsito no primeiro semestre de 2018. Neste ano, no mesmo período, foram 10.305, queda estimada em 19%. 
Mesmo assim, infrações consideradas gravíssimas como avanço do sinal vermelho aumentaram em 14%. Foram 355 multas lavradas no primeiro semestre de 2018 contra 407 lavradas no mesmo período neste ano. Ultrapassar o sinal vermelho é uma infração considerada gravíssima, com multas que podem chegar ao valor de R$586,94 e mais 7 pontos na carteira nacional de habilitação (CNH).
De acordo com superintendente do Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento (Idepplan), Carlos Mendes, a questão do risco à vida é o fator mais grave desta prática. “Avanço do sinal vermelho é uma roleta russa, é pedir para bater o carro. Isso coloca vidas em risco, não apenas a do condutor, mas de todos os outros envolvidos no trânsito. Este é um tipo de prática que tentamos coibir a todo custo, por isso sempre que um motorista for flagrado por nossos agentes, pode ter certeza que será autuado”, disse Mendes.
Outra infração que registrou aumento em Apucarana é a falta de uso do cinto de segurança pelo condutor. Em 2018, foram autuados 270 condutores por esta prática no primeiro semestre. Já em 2019, foram registradas 310 infrações do tipo, no mesmo período, aumento de 14%. A falta do cinto de segurança é infração grave e custa 5 pontos na CNH e multa de R$195,23. 
Mendes acredita que o uso do cinto de segurança no perímetro urbano ainda é um tabu entre os motoristas, pois muitos ainda acreditam não ser necessário. “Acredito que é falta de cultura de trânsito dos motoristas. Já recebemos um motorista aqui da cidade que veio reclamar da multa por falta de cinto, afirmando que havia sido um erro, pois dentro da cidade o uso não é obrigatório. Ainda hoje existem pessoas com esta crença. Reiteramos que o uso é sim obrigatório e as estatísticas mostram que na maioria dos casos de acidentes, quem está de cinto de segurança geralmente não sofre ferimentos graves”, explica.
Entre as infrações que registraram maior queda em Apucarana, destaque para o uso de celular ao volante. Nos seis primeiros meses de 2018 foram 1.204 autuações desta natureza. Já em 2019, foram 876 no mesmo período, queda de 27%.
“Acredito que a diminuição de infrações de uma forma geral está ligada a um trabalho intensivo dos nossos agentes de trânsito, guarda municipal e polícia militar, que são responsáveis pela fiscalização. Quando os motoristas sentem no bolso, a tendência é que fiquem mais atentos e respeitem mais a legislação de trânsito. Outro fator são as blitzes educativas, que procuramos realizar com frequências para alertar os condutores”, finalizou Mendes.