O feriado prolongado da Semana Santa foi violento nas estradas do Paraná. Durante os quatro dias de operação, foram registradas 20 mortes decorrentes de acidentes, número 42,8% maior que o registrado no feriado do ano passado, quando foram 14 vítimas. O maior número de óbitos aconteceu nas rodovias federais, com 13 registros.
Durante o feriado, foram registrados 196 acidentes – novamente, a maioria, 109, aconteceu nas rodovias federais que cortam o estado -, resultado em 222 feridos. Entre as principais causas dos acidentes com mortes na Semana Santa deste ano estão as ultrapassagens indevidas, embriaguez, desobediência à sinalização, sono e imprudência.
Na região, segundo dados da PRF de Londrina´- que atende as BR-369 e BR-376 - , foram registradas seis mortes. O acidente mais grave aconteceu na BR-153, em Ventania, no Norte Pioneiro, em uma colisão frontal após ultrapassagem irregular que resultou em quatro mortes no local.
Os dados da corporação também mostram flagrantes de inúmeras irregularidades. Mais de 9 mil veículos foram flagrados acima do limite máximo de velocidade, 125 motoristas foram flagrados dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas – uma média de 31 por dia - e 661 manobras de ultrapassagens proibidas.
ESTADUAIS
O Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) registrou número de acidentes 23,6% menor neste ano (87) na comparação com o mesmo feriado do ano passado, quando houve 114 registros. De acordo com o comandante do Batalhão, tenente-coronel Antônio Zanatta Neto, a fiscalização nos cerca de 12 mil quilômetros de rodovias estaduais foi reforçada. “Os policiais ficaram em diferentes pontos das rodovias estaduais, sempre atentos, entregaram folderes e cartilhas educativas sobre a segurança no trânsito rodoviário e também deram dicas e orientações aos motoristas e passageiros”, explica.
No comparativo com o mesmo período de 2016, houve queda de -63,16% no número de autuações por dirigir sob influência do álcool e de -50% das prisões por embriaguez ao volante. Nesta Páscoa, foram sete e seis casos, respectivamente.
Para o tenente-coronel Zanatta, o resultado da operação foi positivo. “Conseguimos diminuir os acidentes. Infelizmente, em apenas um caso tivemos um número maior de vítimas fatais”, conta.