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Número de mulheres detidas pela PM aumenta 26,7% em 2018 na região

Renan Vallim

| Edição de 05 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número de mulheres detidas pela Polícia Militar (PM) na região é 26,7% maior neste primeiro semestre de 2018, no comparativo com o mesmo período do ano anterior. O índice de envolvimento com o tráfico de drogas também aumentou. Hoje, quase um terço das detidas têm ligação com a venda de entorpecentes. Os dados são do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Apucarana, que abrange 12 municípios.
Entre janeiro e junho deste ano, a PM da região prendeu um total de 228 mulheres, número 26,7% maior do que as 180 detidas no mesmo período de 2017. Apucarana foi o município, dentre aqueles da área do 10º BPM, que mais registrou prisões.  Foram 138 no primeiro semestre de 2018, número 22,1% acima do registrado em 2017: 113.
Jandaia do Sul ficou em segundo, com 52 mulheres detidas, aumento de 73,3% frente às 30 mulheres detidas no mesmo período do ano passado. Já a cidade com maior aumento percentual foi Califórnia, que dobrou o número: de três, passou para seis prisões.
Entre os crimes de maior gravidade, o tráfico de drogas lidera as estatísticas, inclusive registrando aumento da participação feminina. Foram 65 mulheres presas por este crime entre janeiro e junho deste ano, 28,5% do total. A quantidade de prisões dos seis primeiros meses deste ano já se aproxima do registrado ao longo de todo o ano de 2017. No ano passado inteiro, foram 429 mulheres detidas, sendo 75 (17,5% do total) pelo crime de tráfico de drogas.
De acordo com o capitão Vilson Laurentino da Silva, do 10º BPM de Apucarana, na maior parte dos casos, a mulher é levada para o tráfico de drogas através do companheiro. “Geralmente, o seu companheiro, marido ou convivente já tinha ou tem envolvimento com drogas. Com isto, a mulher dá continuidade ao tráfico, mesmo se o companheiro estiver preso. Infelizmente, a cada dia que passa, o envolvimento da mulher em crimes aumenta”, diz.
Em Apucarana, o principal motivo para prisões e apreensões femininas ao longo de todo o ano de 2017 foi o porte de drogas para consumo pessoal. Foram 56 mulheres detidas por esta causa. Em segundo lugar aparecia o tráfico de drogas, com 49. Nesta primeira metade de 2018, o tráfico assumiu a liderança, com 41 detenções. Desobediência ficou em segundo, com 27. O porte de drogas para consumo caiu para a quinta posição, com 15 casos.
Outro aspecto do envolvimento de mulheres no crime, de acordo com a PM, é a tentativa de fazer com que ações criminosas não levantem suspeitas. “Em alguns casos, a mulher é participante nos crimes como forma de ludibriar a segurança de determinado local ou uma forma de não levantar tantas suspeitas para o cometimento de um ato ilícito por parte das forças de segurança”, ressalta o capitão.