As obras de recuperação da PR-170, entre Apucarana a Borrazópolis, previstas originalmente para 2019 continuam no papel. Os trabalhos, que estavam programados para iniciar em março após problemas na licitação original, foram adiados pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER-PR), pois a pista necessitará de reparos mais profundos. A nova previsão é que os serviços comecem nas próximas semanas, a partir do entroncamento com a BR-369 (ler box).
A demora preocupa os usuários, principalmente aqueles que trafegam diariamente pela rodovia, como o motorista Junior Freitas, de Novo Itacolomi. Ele costumava fazer o trajeto até Borrazópolis, que também é crítico. Mas na opinião dele, o pior ponto fica próximo ao entroncamento com rodovia que liga Apucarana a Cambira. Freitas descreve que o asfalto está afundando em alguns pontos, por conta do excesso de peso dos caminhões que passam diariamente pelo local.
“Outro ponto crítico é o trevo de acesso a Cambira. Não tem visibilidade para quem faz o contorno. Muitos passam na contramão porque é mais seguro do que parar no local. Lá já aconteceram muitos acidentes com morte”, afirma.
O agricultor Denis Gustavo Salvarani, de Novo Itacolomi, relata que já teve problemas no amortecedor de seu carro por causa dos buracos na pista. Além do asfalto esburacado, o agricultor aponta a sinalização precária como outro grande problema do trecho. “Faz muito tempo que a rodovia está ruim, alguma melhoria precisa ser feita”, assinala.
A pedagoga Ana Maria Darodda Stachuka, de Apucarana, trabalha em Novo Itacolomi. Além dos buracos ela chama a atenção para a falta de sinalização e acostamentos. “Nos locais onde tem, os acostamentos não estão no mesmo nível da pista”, observa.
Ela afirma que a falta de sinalização horizontal na pista de rolamento aumenta as ultrapassagens indevidas. “Acontecem muitas ultrapassagens em local proibido o que aumenta o risco de acidentes”, comenta.
Prefeito de Novo Itacolomi, Moacir Andreolla, também concorda que a rodovia precisa urgentemente de recuperação. “Foram feitos tapa-buracos, mas, devido ao movimento, em poucos dias abrem novos buracos e causam prejuízo para usuários. São várias questões paliativas e precisa de uma recuperação profunda”, analisa.