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Padre volta a defender construção de estacionamento subterrâneo em praça

Renan Vallim

| Edição de 26 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Igreja Católica de Apucarana mantém o projeto de construção de um estacionamento subterrâneo na Praça Rui Barbosa, onde fica a Catedral Nossa Senhora de Lourdes. Maior defensor da ideia, padre Roberto Carrara afirma que deve iniciar os primeiros cálculos do projeto em breve. A Prefeitura acredita que a obra é viável e acena com a possibilidade de autorizar a ideia. O alto custo continua sendo o principal impeditivo.

Imagem ilustrativa da imagem Padre volta a defender construção de estacionamento subterrâneo em praça
Segundo padre Roberto Carrara, construção depende de parceria entre igreja, poder público e comunidade | Foto: TNOnline


O projeto já é discutido há alguns anos, tomando corpo a partir de 2015, com o primeiro estudo técnico realizado pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan). Na época, foi apontada a viabilidade do projeto, com a possibilidade de um piso subterrâneo com 200 vagas, ou dois pisos com o dobro da capacidade. A construção seria uma ‘válvula de escape’ para motoristas que sofrem para estacionar no anel central da cidade.
Em meio a uma reforma da Catedral, padre Roberto Carrara afirma que os cálculos iniciais devem ser feitos após o final dos reparos no templo. “Existe uma situação na região central da cidade que precisa ser resolvida, que é o grande número de carros para um pequeno número de vagas de estacionamento. Acredito que esse estacionamento é de grande necessidade para toda a comunidade”, ressalta.
O padre admite que este é um projeto de difícil execução. “Para que essa ideia saia do papel, é fundamental que haja uma parceria com a Prefeitura e também com a comunidade. Já conversamos com o poder público municipal e o projeto teve uma boa recepção. Mas também é essencial ouvir o que a comunidade tem a dizer”, destaca.
O alto custo de execução do projeto é o maior empecilho. O levantamento do dinheiro é uma das questões que ainda estão sendo estudadas. “A ideia inicial, que ainda precisa ser debatida, é que a construção seja feita através de uma união de toda a comunidade. Quem ajudar teria o seu dinheiro devolvido através dos lucros obtidos com o funcionamento do estacionamento. A não ser que haja um investidor disposto a construir e depois explorar economicamente o estacionamento”, diz Carrara.
O local pensado, sob onde estão hoje dois espelhos d’água, é de responsabilidade da Prefeitura, que já afirmou que não possui nada contra o projeto. “É uma área ampla, central, que poderia ser utilizada para aumentar o número de vagas de estacionamento na cidade, sem que a praça perca o espaço aos pedestres”, afirma Herivelto Moreno, secretário municipal de Obras.
“O prefeito já acenou com a possibilidade de construção, que ficaria à cargo da Igreja. O espaço de 4 mil m² poderia ter um ou dois pavimentos. Vemos essa construção como viável”, ressalta Herivelto.