CIDADES

min de leitura - #

Paraná deve anunciar acordo com a Rússia para fabricar vacina

DA REDAÇÃO

| Edição de 12 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O governo do Paraná deve anunciar hoje um acordo com o ministério de saúde russo para a produção de uma vacina contra o coronavírus. O acordo prevê que o Estado realize testes, produza e distribua a vacina. O presidente Vladimir Putin afirmou ontem que a Rússia se tornou o primeiro país do mundo a provar a regulamentação da vacina .

O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, tem encontro agendado com o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), às 14 horas. A expectativa é de que o encontro defina a parceria para a produção da vacina. Embora tenha sido registrado, o imunizante ainda será submetido a ensaios clínicos para testar sua segurança e eficácia. Após a assinatura do acordo, o próximo passo é o compartilhamento do protocolo russo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil para a liberação das outras etapas.
O protocolo de intenções foi entregue no final de julho, data em que Akopov recebeu, em Brasília, o secretário-chefe da Casa Civil do Paraná, Guto Silva. O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), que já atua em parceria com o Ministério da Saúde, deve um dos polos de produção e distribuição da imunização para a América Latina, sendo responsável por todas as etapas, desde a pesquisa até a distribuição das doses da vacina russa.
Os estudos sobre a vacina russa geram dúvida na comunidade científica. O Ministério da Saúde da Rússia informa que as pesquisas para a vacina estão na fase 3, a última e mais importante das etapas de produção de uma vacina, mas não divulgou estudos em nenhuma revista científica sobre os resultados, duração e os detalhes das fases anteriores.
Segundo o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, o objetivo é garantir mais uma opção. “Estamos fazendo esta aproximação junto à Rússia, mas não há nada certo. Estamos seguindo os protocolos do Ministério da Saúde nesta questão. São mais de 150 vacinas sendo testadas em todo o mundo. Nossa intenção com esta aproximação junto à Rússia é garantir que tenhamos esta opção, caso necessário”, afirma Beto Preto.
Independente de qual vacina será adotada no país, o Paraná já se antecipou para garantir recursos para a compra e distribuição no Estado. Uma emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2021 para alocar R$ 100 milhões no caixa da Secretaria de Saúde para aquisição de vacinas já foi aprovada. Outros R$ 100 milhões foram garantidos pela Assembleia Legislativa do Paraná.