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Paraná é o Estado que pagou menor valor por respiradores

Da Redação

| Edição de 28 de junho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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De acordo com um levantamento divulgado nesta sexta-feira (26), o Paraná conseguiu pagar o valor mais baixo por respiradores pulmonares entre todas as 27 unidades federativas do país: R$ 40 mil a unidade. A aquisição dos aparelhos chegou a ser alvo de questionamentos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). O secretário de estado da Saúde, Beto Preto, destacou que todos os recursos da pasta são aplicados com total transparência.

O levantamento foi feito pelo portal G1. No Paraná, alguns aparelhos chegaram a ser comprados por R$ 40 mil, o menor preço em todo o país. “Temos feito um trabalho equilibrado em todas as compras públicas. Temos trabalhado em conjunto com a Controladoria Geral do Estado, a Procuradoria Geral do Estado e o próprio Tribunal de Contas”, ressaltou Beto Preto.
No Paraná, o investimento nestes equipamentos alcança R$ 5,4 milhões, para a aquisição de 84 unidades. “Tudo foi adquirido dentro da normalidade. Isso é obrigação do agente público e vamos continuar da mesma forma”, disse Beto Preto. Outros 110 aparelhos foram repassados ao Estado pelo Ministério da Saúde para equipar as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) dedicadas exclusivamente a pacientes infestados pelo coronavírus.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, dos 84 respiradores comprados, 64 já foram entregues e estão à serviço da população. Como as aquisições ocorreram em momentos distintos, os preços variaram: 49 custaram R$ 50 mil, 5 custaram R$ 40 mil e 30 custaram R$ 93 mil, totalizando pouco mais de R$ 5,4 milhões. O custo médio foi de R$ 65 mil.

SUPERFATURAMENTO
A título de comparação, o levantamento do G1 traz que o Rio de Janeiro foi o estado que pagou mais caro pelo equipamento, chegando a até R$ 226 mil a unidade. O governador do Rio, Wilson Witzel, enfrenta atualmente um processo de impeachment na assembleia legislativa do Estado, sendo uma das acusações a suspeita de superfaturamento na compra de respiradores.
Recentemente, o deputado estadual Plauto Miró usou a tribuna da Assembleia Legislativa para afirmar que haveria superfaturamento na compra de equipamentos, sobretudo respiradores, pela Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) neste período de pandemia. O parlamentar disse que teria documentos comprovando irregularidades.
Através de notificação, Beto Preto pediu que Plauto apresentasse os documentos em cinco dias. Mais de duas semanas depois, os documentos ainda não foram apresentados.