Após dobrar a vazão do rio Pindaúva, a Prefeitura de Ivaiporã prepara projeto para ampliar o programa municipal “Cultivando Água Limpa”. Desde que foi implantado, no final de 2014, o programa já recuperou 117 nascedouros de água em um trecho de aproximadamente 15 quilômetros, da nascente do manancial nas proximidades do distrito de Alto Porã, até a captação de água da Sanepar. A ideia é estender o programa às demais bacias hidrográficas do município para recuperação de outras mil fontes.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Jayme Ayres, para ampliar o programa para todo o município é necessária a captação de novos recursos. “Por isso, estamos preparando um projeto e vamos encaminhar pedindo parceria de empresas como Itaipu Binacional, Furnas/Eletrobrás, Sanepar, Copel, IAP e Instituto das Águas. É um programa que deu certo e agora se torna importante trabalhar todo o território do município ”, destaca Ayres.
O prefeito Miguel Amaral, diz que o grande desafio do gestor é conciliar o desenvolvimento econômico à preservação ambiental. “Fala-se muito sobre economia verde e desenvolvimento sustentável. Aqui em Ivaiporã, estamos fazendo isso. Com o programa “Cultivando Água Limpa” demos um passo importante para o desenvolvimento sustentável, que resultou no aumento da vazão do Rio Pindauva, de 6 milhões de litros de água para 13 milhões de litros”, assinala Miguel Amaral.
O programa dá orientação técnica para que os proprietários rurais protejam e recuperam suas nascentes, e remunera pela atividade como forma de subsídios. Os pagamentos são definidos por intermédio de pontuação obtida através de preenchimento dos quesitos de preservação e recuperação das nascentes e pode chegar a R$1,5 mil por ano. As receitas que mantem o programa são oriundas do Fundo Municipal de Meio Ambiente. O fundo recebe da Sanepar 2% da arrecadação da concessionária em Ivaiporã e são aplicadas para objetivos em apoios ambientais.
TERCEIRA FASE
De acordo com o secretário de Meio Ambiente, Jayme Ayres, o programa entra na terceira fase, atuando na recuperação e manutenção da mata ciliar no entorno do Rio Pindaúva, objetivando a proteção do curso d’água e a formação de um corredor de biodiversidade.
“Esse corredor é importante, porque favorece o aumento dos animais, bem como que interação entre eles. O corredor facilita também a melhoria da flora, as espécies vegetais originárias voltam a aparecer, dando sequencia na recuperação do habitat”, explica Ayres.