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Perdas na safra de trigo somam 214 mil toneladas na região

IVAN MALDONADO IVAIPORÃ

| Edição de 20 de setembro de 2019 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Atingindo 85% da área plantada de 120 mil hectares, chega à reta final a colheita do trigo na região de Ivaiporã do Núcleo Regional da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab). Nesta safra, a produção de trigo nos 22 municípios da regional foi marcada por poucas chuvas e pelas geadas no mês de julho, baixando a expectativa média de produção de 3,5 mil quilos por hectare  para 1,8 mil quilos, somando perdas de 48%. Ao todo, a deixaram de ser colhidas 214 mil toneladas do grão.

No total, a produção na regional deve atingir 216 mil toneladas, quando eram esperadas 420 mil toneladas. Conforme o agrônomo do Deral, Sergio Carlos Empinotti, o clima não colaborou neste ciclo produtivo. 
Segundo ele, a gramínea acabou prejudicada pelas geadas do mês de julho e pela seca. “As lavoura que foi plantada mais cedo sofreu com a geada e quem plantou mais tarde escapou do frio, mas sofreu com a estiagem, um período de mais de 80 dias sem chuvas”. 
Com relação à qualidade do grão, o agrônomo diz que a colheita variou muito.  “O problema maior foi na questão da perda da quantidade. Na qualidade, tivemos área com trigo PH 82, em outras áreas triguilho, baixo padrão. Com esse pouco trigo colhido deve dar PH em torno de 80, o que é considerado bom. O que também tem ajudado são os preços, que chegaram a R$ 49,50 (saca 60 quilos) e atualmente estão a R$ 47,00, que ainda é um preço bom”, relata Empinotti. 

 MILHO
Na regional, a colheita de milho safrinha foi encerrada já no final de agosto. Embora a cultura também tenha sofrido com o clima, as perdas foram menores em relação ao trigo. O grão teve redução de produtividade de 10% do esperado inicialmente, baixando a expectativa média de 5,5 mil quilos por hectare  para 5 mil quilos. 
No total, a produção do milho safrinha atingiu 240 mil toneladas. Conforme o agrônomo do Deral Sergio Carlos Empinotti, apesar dos contratempos, o resultado é considerado bom, principalmente para as regiões de São João do Ivaí e Faxinal com alguns produtores que chegaram a colher acima de 220 sacas por hectare. Nos municípios da regional mais ao sul, nas regiões de Ivaiporã e Manoel Ribas, o clima foi mais prejudicial as lavouras. “Principalmente porque o plantio foi mais tardio, e as lavouras acabaram sofrendo também com a geada”.