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Preço do frango sobe até 54% após greve dos caminhoneiros

Renan Vallim

| Edição de 09 de junho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A greve dos caminhoneiros, encerrada há pouco mais de uma semana, continua gerando impactos no mercado local. O preço das carnes de frango e de porco dispararam nos supermercados da região. Alguns cortes chegam a custar até 54,5% a mais do que antes da paralisação. Estabelecimentos acreditam que situação deve voltar à normalidade em 20 a 30 dias.

Imagem ilustrativa da imagem Preço do frango sobe até 54% após greve dos caminhoneiros


O frango registrou maior alta. A ave inteira resfriada, que custava em torno de R$ 4,90 o quilo há cerca de 20 dias, hoje está sendo vendida ao preço de R$ 6,90, o que corresponde a uma alta de 40,8%. O corte com maior reajuste foi a coxa, que custava em torno de R$ 5,50 antes da manifestação dos caminhoneiros e, agora, está custando aproximadamente R$ 8,50, alta de 54,5%.
Proprietário de um açougue e mercado em Apucarana, Celso Luiz da Silva afirma que, com os caminhões parados nas rodovias, o ciclo do frango foi interrompido e, com isso, o preço subiu. “Sem transporte, as aves não puderam chegar aos abatedouros. Com isso, houve falta de estoque nos estabelecimentos. A demanda aumentou e os preços também”.
Ele diz ainda que a normalização dos preços deve demorar ainda cerca de 30 dias. “É complicado, porque as pessoas têm reclamado dos preços. Mas não podemos fazer nada, porque o custo de compra subiu também. Os preços já estão caindo, porém vai demorar um pouco para voltar ao que era”.
A carne suína também registrou alta. Cortes como a costelinha suína, que era vendida a R$ 10 o quilo antes da greve, hoje está custando R$ 12, reajuste de 18,2%. O pernil, que estava custando R$ 6,97, atualmente está sendo vendido a R$ 7,99, alta de 14,6%. O toucinho aumentou 11,2%, passando de R$ 8,90 para R$ 9,90.
Comprador de uma rede de supermercados de Apucarana, Victor Faria afirma que houve uma alta de até 30% no custo de compra durante o período em questão. “O preço da carne suína já estava subindo antes mesmo da greve dos caminhoneiros, tendo em vista que, no inverno, esta carne tem a tendência de ficar mais cara. No entanto, a paralisação das estradas fez com que os valores aumentassem mais, em menor tempo”.
Para ele, o retorno aos preços antigos deve demorar. “A normalização dos preços já está acontecendo. Os valores já estão caindo novamente, mas não voltarão ao patamar praticado antes da greve, já que há uma tendência de encarecimento nesta época do ano”, conclui.
A carne bovina, por sua vez, não registrou grande oscilação no período.