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Prisões por embriaguez ao volante crescem 71%

Da Redação

| Edição de 05 de junho de 2021 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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As prisões por embriaguez ao volante aumentaram 71,42% entre janeiro a maio deste ano em Apucarana, em comparação com o mesmo período de 2020. De acordo com dados do 10º Batalhão de Polícia Militar (BPM), 36 motoristas que dirigiam sob efeito de álcool foram detidos em 2021, contra 21 no ano passado. As ocorrências envolvendo condutores embriagados também cresceram 68%, passando de 22 para 37 no comparativo. 
Chama a atenção que os casos de embriaguez ao volante aumentaram, sobretudo em maio, mês marcado pelo agravamento da pandemia do coronavírus em Apucarana, com recorde de diagnósticos e mortes causadas pela doença. Foram 12 ocorrências e 11 prisões de pessoas embriagadas em maio deste ano, contra 2 e 12 respectivamente no ano passado. Na última quarta-feira (2), a Guarda Civil Municipal (GCM) prendeu um motorista que estava embriagado e provocou um acidente, na Rua Tereza Santos, região do Residencial Solo Sagrado. A equipe flagrou o momento em que o motorista cruzou a preferencial e atingiu um VW Gol. Por sorte, ninguém ficou ferido. O motorista de 58 anos estava embriagado. Os agentes de Trânsito fizeram o teste do bafômetro, que apontou 1,33 mg de álcool por litro de ar expelido pelos pulmões. 
De acordo com o superintendente de trânsito major Vilson Silva, a quantidade de álcool consumida pelo motorista era muito alta. “Ele estava em elevado grau de embriaguez e chegou a provocar um acidente de trânsito”, reitera Silva.
O superintendente percebeu um aumento nas denúncias deste tipo de infração durante a pandemia, o que pode ter influenciado o aumento no número de ocorrências registradas pela Polícia Militar (PM) e pela GCM. 
“Recebemos muitas denúncias e também deflagramos muitas operações abordando estabelecimentos para o cumprimento de decretos”, assinala. 
Silva suspeita que os casos de embriaguez ao volante também tenham relação com a conduta irresponsável que algumas pessoas vêm adotando durante a pandemia, participando de festas clandestinas, confraternizações e aglomeração em estabelecimentos como bares e lanchonetes. “Infelizmente, tem pessoas que participam de festas escondidas em casas, chácaras e algumas pessoas acabam excedendo o limite e consumindo muito álcool. Também tem casos de lanchonetes e bares que fecham portas após determinado horário, mas permitem que os clientes fiquem dentro do estabelecimento consumindo bebida alcoólica”, comenta. 
Embriaguez ao volante é infração gravíssima, que prevê abertura de processo administrativo para a suspensão da habilitação, além de pagamento de quase R$ 3 mil de multa.