O Procon de Arapongas deve notificar todos os supermercados da cidade na próxima terça-feira para apurar aumentos abusivos no preço da cesta básica. Os aumentos nos preços de produtos alimentícios como o arroz, óleo, leite, entre outros, estão fazendo com que o órgão receba diariamente inúmeras reclamações de consumidores insatisfeitos.
Conforme o coordenador executivo do Procon Arapongas, Paulo Sérgio Camparoto, as medidas estão sendo executadas pelos Procons de todo o Brasil para apurar eventuais irregularidades. “Estas queixas em relação aos aumentos são generalizadas em todo o país, por isso, estamos no início de um trabalho de apuração, em nível nacional, para identificar as causas dos aumentos dos produtos. Em Arapongas, iremos iniciar o trabalho na próxima terça-feira, notificando todos os supermercados da cidade a entregar as notas fiscais de compras dos produtos da cesta básica, desde o mês de abril até agora. Nosso objetivo é identificar as causas dos repasses que fizeram com que houvesse aumento nos preços”, informou.
Levantamento recente feito pela Tribuna aponta que o preço do arroz subiu 38% em dois meses e o óleo de soja teve preços reajustados em 57% entre julho e agosto.
Camparoto explica que o Código de Defesa do Consumidor proíbe o aumento injustificado de preços, por isso, o reajuste somente pode ocorrer em forma de repasse, e não por iniciativa exclusiva do fornecedor. “No Brasil, não existe tabelamento para estes produtos, por isso, precisamos identificar se esses aumentos vieram em forma de repasses, e quais foram eles, pois se não for assim, é ilegal”, orientou.
“A economia brasileira começou a girar novamente e muitos atacadistas aproveitam o aquecimento do comércio para aumentar os preços dos produtos. Estamos acompanhando essa alta e seguindo esse movimento nacional para identificar as causas deste aumento e apurar eventuais irregularidades”, afirmou.
APUCARANA
O Procon de Apucarana também tem acompanhado de perto as reclamações de consumidores a respeito do aumento dos produtos da cesta básica. De acordo com o coordenador do órgão na cidade José Carlos Balan, o Procon está seguindo as orientações do estado e da Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor.
“Estamos acompanhando essa movimentação nacional em relação a apuração dos aumentos nos preços dos alimentos, e entendemos que essa alta não abrange apenas os pontos de vendas. Tenho conversado com gerentes de supermercados na cidade que afirmam que os aumentos são justificados por diversas causas como alta do dólar, alta dos combustíveis, entre outras situações, que fizeram com que os produtos chegassem mais caros aos atacadistas, e consequentemente, fossem repassados aos consumidores”, ponderou.