Os serviços de Defesa do Consumidor (Procon) Apucarana e Arapongas já registraram 4.837 atendimentos em 2019. Em média, levando em consideração os dias úteis transcorridos e o horário de atendimento ao público adotado em cada município, são 44 queixas por dia - 10 por hora. Nas duas cidades, a telefonia lidera o ranking de reclamações.
De janeiro até 12 de junho, segundo levantamento divulgado pelo Procon de Apucarana, o departamento já havia registrado 1.317 atendimentos. Ou seja, em média 11,6 pessoas por dia buscaram entender melhor os seus direitos. Em 2018. o órgão registrou 2.927 reclamações.
O coordenador do Procon Apucarana, José Carlos Balan, informou que 70% dos atendimentos realizados são para resolver problemas com a telefonia. “As reclamações contra operadoras, as chamadas telefonias, são constantes. Mas o Procon consegue solucionar 90% dos casos” explica.
Depois da telefonia, os setores que mais apresentam queixas em Apucarana são sistema financeiro, que envolve dívidas em cartões de crédito e depois produtos de lojas.
“O Procon trabalha através do sistema de defesa ao consumidor. O código fala que devemos tentar mediar o conflito e buscar uma melhor solução para o caso”, detalha Balan.
O empresário Marcos Felisbino precisou procurar o Procon por duas vezes para resolver problemas com a operadora de telefone dele. “Tive problemas com a portabilidade do meu plano empresarial e meu número que eu tenho há anos foi desativado, por pelo menos cinco dias não consegui falar com meus clientes, o que gerou um grande prejuízo. Depois tive problemas com uma cobrança indevida”, conta.
Para o empresário, ir até o Procon foi fundamental, pois o órgão entrou em contato com o causador da reclamação que, segundo ele fez toda a diferença, para a solução dos dois casos.
Já o Procon de Arapongas registrou praticamente o triplo de reclamações de Apucarana. Do começo do ano até o dia 31 de maio, o órgão havia registrado 3.520 reclamações. Ou seja, foram 33,5 atendimentos por dia.
Segundo Paulo Sérgio Camparoto, coordenador do Procon, no ano passado o número de atendimento chegou a 7.511. No topo da lista das reclamações também está a telefonia.
“A maioria dos nossos atendimentos são voltados para a telefonia. Eu estou à frente do órgão desde 2005 e percebi que o consumidor às vezes busca o Procon por erro dele mesmo e nós orientamos. E os casos que estão dentro da lei do consumidor, são 90% solucionados”, afirma Paulo.
Ainda de acordo com Paulo, o Procon araponguense é um dos poucos do Paraná com uma extensão do Juizado Especial Cível e Criminal, proporcionando que o consumidor saia do local já com um processo ajuizado e uma audiência marcada, entre outros benefícios.