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Projeto leva internet de graça a três pontos de Apucarana

Vanuza Borges

| Edição de 25 de fevereiro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Desde junho do ano passado, o Terminal Urbano de Apucarana passou a contar com internet gratuita. A disponibilização do serviço tem mudado a rotina de usuários e comerciantes. Um exemplo é a apucaranense Greiciele Pereira, 32 anos, que aproveita o tempo de espera para pesquisar e conversar com amigos e parentes com o seu smartphone. Além disso, ela ainda garante uma renda extra. “Além de trabalhar em uma casa de família durante o dia, quando estou aqui esperando o ônibus, eu aproveito para fazer vendas de alguns produtos”, revela. Ela trabalha também como revendedora de uma marca de utilidades domésticas. 

Greiciele, que mora do Distrito de Caixa São Pedro, fica aproximadamente 30 minutos de manhã no local, enquanto aguarda o próximo ônibus. Já no final da tarde o tempo de espera é ainda maior, 2h30. “É muito tempo para ficar sem fazer nada. Com a internet, eu converso com amigos, parentes, faço minhas vendas e também consigo avisar em casa, caso eu atrase”, diz.
Além dos usuários do transporte coletivo, os comerciantes também fazem uso do serviço. “Além de enviar e receber recados, também falo com fornecedores. Até a freguesia aumentou. Facilita muito a vida. Ter internet, hoje em dia, é uma necessidade. Foi uma ótima ideia”, avalia a comerciante Elza Lara, de 56 anos. 

Imagem ilustrativa da imagem Projeto leva internet de graça a três pontos de Apucarana
Rede de Wi-Fi beneficia moradores no Terminal Urbano (Foto: Sérgio Rodrigo)

O idealizador do projeto Apucarana Digital, Adan Lenharo, revela que a ideia surgiu ao perceber a necessidade dos usuários, num primeiro momento, do transporte coletivo. “A iniciativa surgiu ao perceber a necessidade de ter internet de qualidade no celular, para se comunicar, assistir um vídeo ou pesquisar algum assunto”, revela.

No começo, ele mesmo resolveu bancar o projeto sozinho, depois levou a ideia para outros empresários, que adotaram a proposta e ajudam a pagar os custos, que é de aproximadamente R$ 500 por mês para manter os três pontos com redes abertas: Terminal Urbano, Lago Jaboti (ao lado do caldo de cana) e Praça Rui Barbosa (região do Platô).

“A interação é essencial. No caso do Jaboti, as pessoas podem estar num um piquenique e, ao mesmo tempo, fazer uma pesquisa, interagir com outras pessoas”, avalia o empresário Rodrigo Begalli.
Outro empresário, que aderiu ao Projeto, é Carlos Robinson. “A internet é uma necessidade atual seja para atender um cliente, dar um aviso, pesquisar algo ou para brincar”, diz.
Lenharo adianta que, neste fim de semana, a Feira do Produtor Rural, que fica ao lado do Terminal Urbano, também terá wi-fi gratuito.