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Queda na temperatura gera alerta nos serviços assistenciais

Renan Vallim

| Edição de 19 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A população em situação de rua é a que afetada com as temperaturas despencando nos termômetros da região. Em vulnerabilidade social, essas pessoas dependem ainda mais da assistência de órgãos de acolhida. Em Apucarana, o frio coloca esses locais em sinal de alerta, registrando um aumento no número de pessoas que buscam um local para ficar.

Imagem ilustrativa da imagem Queda na temperatura gera alerta nos serviços assistenciais
Na Casa da Misericórdia, movimento aumenta em um terço durante os meses mais frios | Foto: Delair Garcia

Um dos principais espaços de acolhida na cidade é a Casa de Misericórdia Resgate de Deus, um espaço na zona rural que abriga em média cerca de 90 pessoas. No entanto, com o tempo frio, esse número aumenta em um terço, chegando a até 120 pessoas. Um dos fundadores do espaço, Luciano Henrique, conta que existe uma preocupação crescente quando o tempo esfria.
“Sempre recebemos doações da igreja ou de empresas que se sensibilizam com o nosso trabalho. Mas, quando necessário, os próprios voluntários que trabalham na Casa acabam se movimentando para arrecadar roupas, cobertores e demais itens necessários. Além disso, fazemos abordagens a essas pessoas nas ruas de Apucarana com maior frequência, convidando-os para irem até a Casa, oferecendo comida, roupas e demais itens necessários”, destaca.
Luciano explica que, na Casa de Misericórdia, além de assistência básica, como local para dormir, comida, banho e itens de higiene, as pessoas também participam de outras atividades. “Nós desenvolvemos várias atividades, como terapia em grupo e orações, buscando dar um suporte psicológico para essas pessoas”, destaca.
A Secretaria de Assistência Social do município também possui programas que se destinam a dar apoio a andarilhos e moradores de rua. Um deles é o Centro Pop, que recebe diariamente entre 20 e 30 pessoas, sem espaço para alojamento. A diretora da secretaria, Priscila da Silva Luzia, conta que os profissionais envolvidos procuram dar todo o suporte necessário a quem procura o espaço.
“Nós atendemos as pessoas que vão até o local, mas também nós vamos até elas, com abordagens na rua mesmo. No Centro Pop, procuramos orientar, dar suporte social, psicológico, local para banho, comida e roupas. Também procuramos ajudar na aquisição de uma passagem, caso a pessoa esteja querendo ir até outra cidade, e orientamos no que diz respeito à entrada no mercado de trabalho, cursos e educação de modo geral”, diz.
Aqueles que aceitam, são acolhidos e encaminhados para o Abrigo Pop, um espaço que hoje possui 15 pessoas. “Além do mesmo suporte oferecido no Centro Pop, essas pessoas recebem um local para dormir. Mas existem regras: os horários são rígidos e há um comportamento a seguir, como por exemplo com relação ao consumo de álcool e drogas. Eles também precisam estar procurando emprego, estudando ou trabalhando”, conta Priscila.
A Casa de Misericórdia fica no Recanto Belvedere. Já o Centro Pop fica na Rua Desembargador Clotário Portugal, 250.