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Reclamações sobre vendas online crescem na pandemia

DA REDAÇÃO

| Edição de 28 de julho de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O número de reclamações envolvendo compras de mercadorias pela internet disparou por conta da pandemia nos órgãos de defesa do consumidor de Apucarana e Arapongas. Desde abril, os consumidores procuraram com mais frequência os Procons para relatar a demora ou até mesmo a falta de entrega da mercadoria.

Bruna Storine, diretora do Procon de Apucarana, informou que já foram mais de 100 reclamações desde abril, quando a pandemia chegou à região. Boa parte dos consumidores relataram mais de 30 dias de espera pelos produtos adquiridos. Ela estima que as denúncias envolvendo essa modalidade de compras cresceu 30%.  
“As reclamações mais frequentes são referentes a demora na questão da entrega. Alguns consumidores cancelam compras pela demora ou somente solicitam a entrega. Essas reclamações podem ter relação com a pandemia, que gerou mais demora da entrega e também o aumento de compras online por conta do comércio fechado”, detalha Bruna.
A diretora lembra que o atendimento presencial no Procon devido a pandemia ocorre de forma agendada. “A orientação que o Procon sempre passa aos consumidores é que antes de efetuar a compra verifique se o site é confiável. Sempre verifique o CNPJ, que geralmente está no final do site, porque se der algum problema a pessoa poderá entrar em contato”, disse.
O Procon de Arapongas também sentiu esse aumento, segundo o coordenador do órgão, Paulo Sérgio Camparoto. “Comparando períodos anteriores a pandemia, o número de reclamações dobraram. As reclamações são principalmente quanto ao prazo de entrega. Lógico que aumentando o volume de compras no ecomerce, aumentam proporcionalmente os problemas de produtos”, comenta. Em média, o órgão recebia 12 a 15 reclamações por mês antes da pandemia. Atualmente são 25 reclamações relacionadas às compras online por mês. 
Segundo dados do Compre e Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, a alta das vendas totais foi de 40% no começo da pandemia, em março, quando o comércio foram fechados.