O impacto da crise econômica no setor de compra e venda de automóveis pode ser medida pelo volume da frota de veículos na região, que teve crescimento em ritmo 24% menor em 2016. No ano passado, as cinco principais cidades da região ganharam mais de 4,5 mil veículos. Em 2015, esse número ficou em 6 mil. No comparativo com os últimos três anos, a queda foi de 55%.
Em 2016, a frota de veículos das cidades de Apucarana, Arapongas, Ivaiporã, Jandaia do Sul e Faxinal chegou a mais de 198 mil unidades. O número é 2,36% maior do que no ano passado, quando a frota era de 193,5 mil veículos.
Em Apucarana, a frota aumentou 2,5% ao longo de 2016, indo de 73,7 mil veículos para mais de 75,5 mil. O aumento em Arapongas foi o menor da região: 1,9%, indo de 76,5 mil para 77,9 mil. Faxinal teve a maior alta, de 3,8%, passando de 9,1 mil para quase 9,5 mil.
Apesar de registrar crescimento, a frota está aumentando em um ritmo bem menor. Há três anos atrás, em 2013, a região contava com pouco mais de 179,3 mil veículos. Até aquele ano, o ritmo de crescimento ficava em torno de 10,2 mil carros por ano. Em 2014, primeiro ano da crise econômica, o número de novos veículos rodando nas cinco cidades ficou em 8,1 mil. No ano seguinte, 6 mil. Em 2016, a frota aumentou 4,5 mil. Na comparação entre 2016 e 2013, o ritmo de crescimento ficou 55% menor.
CONCESSIONÁRIAS
Uma das causas para o aumento da frota perder fôlego nos últimos anos é a redução na compra de veículos 0 km. De acordo com concessionárias da região, 2016 foi um ano complicado, mas que já apresentou melhora na reta final. “O final do ano passado já mostrou indícios de melhora, o que nos deixa animados e esperançosos para este ano”, afirma Luiz Carlos Balan, gerente de uma concessionária com unidades em Apucarana e Arapongas.
Segundo ele, 2016 foi um dos anos mais complicados para o setor. “Acreditamos que 2017 será melhor. Juros mais baixos e inflação sob controle refletem diretamente no mercado. Esperamos que esse panorama se confirme e que as coisas melhorem”, avalia ele.
Gerente comercial de outra concessionária também com unidades em Apucarana e Arapongas, Lilian Melhado acredita em uma retomada na segunda metade de 2017. “O ano todo de 2016 foi marcado por dificuldades de obtenção de crédito, financiamento e outras modalidades financeiras. Com isso, a situação tende a ser complicada para as concessionárias. Mas este ano que está começando deve ser um ano de recuperação, principalmente no segundo semestre”, afirma.