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Sala do Empreendedor foca no acompanhamento do negócio

Renan Vallim

| Edição de 15 de julho de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O ritmo de crescimento dos Microempreendedores Individuais (MEIs) em Apucarana está caindo, segundo dados da Sala do Empreendedor local. No entanto, cada vez mais atendimentos estão sendo registrados no local. Isso exemplifica a nova abordagem do órgão, que busca cada vez mais trabalhar com o acompanhamento e a orientação aos MEIs.

Em 2016, a Sala do Empreendedor de Apucarana registrou seu melhor ano, auxiliando na criação de 595 microempreendedores individuais. Já no primeiro semestre de 2017, foram 165 novos MEIs. Caso esse ritmo se mantenha, o ano deve fechar com uma queda de 44,5% na criação de MEIs. No entanto, a expectativa da Sala do Empreendedor é que esse número aumente no segundo semestre.

“No ano passado, houve um incentivo massivo por parte do governo para a criação de MEIs. Além disso, antes era só solicitar a abertura que o processo era realizado. A partir deste ano, estamos com uma nova abordagem. Antes de conseguir o CNPJ de MEI, a pessoa precisa passar por orientações junto ao Sebrae”, afirma Leila Barbosa Tonelli, agente de desenvolvimento da Sala do Empreendedor de Apucarana.

Imagem ilustrativa da imagem Sala do Empreendedor foca no acompanhamento do negócio
Carlos Vega aprendeu técnicas de administração na Sala do Empreendedor | Foto: Sérgio Rodrigo

O foco no acompanhamento dos negócios tem sido observado pelo aumento no número de atendimentos. Durante todo o ano de 2016, foram 8,9 mil. Só nos seis primeiros meses de 2017, o número ultrapassou os 6,5 mil. Neste ritmo, o ano deverá fechar com um crescimento de 47,7% em atendimentos.

“A crise fez com que as pessoas buscassem abrir o próprio negócio, como pudemos observar principalmente nos números de 2016. A Sala do Empreendedor também é responsável por acompanhar esses MEIs, auxiliando para que esses novos negócios prosperem”, destaca Leila.

Criada em 2013, a Sala do Empreendedor não apenas auxilia o microempresário a deixar a informalidade, mas também orienta o MEI em como administrar o negócio, de modo que ele obtenha sucesso e lucratividade. A formalidade traz benefícios que o trabalhador informal não tem, como o seguro contra acidentes, a aposentadoria, entre outros.

Foi visando um aumento na renda que Carlos Augusto Vega resolveu se tornar MEI, há cerca de dois meses. “Eu e minha esposa queríamos acrescentar algo à renda. Ganhei de um colega equipamentos para fazer pastéis e resolvi investir nisso”.

Ele, que é pastor evangélico, resolveu então procurar a Sala do Empreendedor. “Não queríamos fazer algo de qualquer jeito. Então fomos até a Sala do Empreendedor e demos entrada no MEI. Lá, aprendi a colocar tudo no papel, a fazer o manejo do dinheiro e também como administrar. Ainda estamos começando, mas já estamos com planos de ampliar o espaço”, conta.
A Sala do Empreendedor fica no piso térreo da Prefeitura de Apucarana.