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Setor de confecções tem impasse em convenção coletiva

Renan Vallim

| Edição de 18 de novembro de 2017 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O principal setor industrial de Apucarana encontra-se em um impasse na negociação salarial de 2018. Em assembleia realizada na última quinta-feira, membros do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Apucarana e Vale do Ivaí (Sivale) recusaram a proposta de reajuste de 5% do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria do Vestuário de Apucarana e Região (Stivar). Ainda não há data para nova reunião entre os sindicatos.

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A data-base da categoria foi no dia primeiro de setembro. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor tem quase 7 mil trabalhadores formais em pouco menos de 1,1 mil empresas apenas em Apucarana. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período ficou em 1,73%.
De acordo com a presidente do Stivar, Maria Leonora Batista, o sindicato espera um reajuste de 5% para este ano. “Nosso pedido inicial era de 7%, mas já reduzimos a nossa pedida para buscar um acordo. Fizemos uma reunião interna no sindicato e não podemos aceitar menos do que os 5%”, afirma.
“Entendemos que a situação é difícil, mas está complicado para os dois lados: patrões e empregados. No entanto, o setor de confecção foi o que mais cresceu nos últimos meses na cidade. Outras cidades, como Cascavel, conseguiram fechar a convenção coletiva em 5%”, diz Batista.
Já a presidente do Sivale, Elizabete Ardigo, afirma que a proposta patronal é de 3%. “Ela compreende os 1,73% do INPC do período e ainda oferece ganho real. Em assembleia, recusamos a proposta de 5%. Agora, vamos elaborar uma contraproposta para marcarmos uma nova reunião com o sindicato dos trabalhadores”, afirma.
“As negociações estão levando mais tempo porque este é um ano atípico para nós. A Reforma Trabalhista está deixando muitos patrões em dúvida. É isto que está complicando as coisas. Estamos buscando sanar todas as dúvidas e esperamos que, em breve, podemos chegar a um acordo”, diz Ardigo. 
O Sivale orienta aos empresários que é possível fazer a antecipação slarial para que os empregados não fiquem sem receber o reajuste, e não haja acúmulo de diferenças salariais para pagamento posterior.(RENAN VALLIM)